terça-feira, 26 novembro, 2024
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    Em 2 meses, Emater-DF atende quase 300 produtores no CadÚnico, mais do que em 2020

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    Dos 286 atendimentos, 224 foram destinados àa produtoras rurais atendidas pela Emater-DF

    Joelma Pereira – Ascom – Emater/DF

    A Emater-DF realizou o atendimento de 286 produtores rurais no Cadastro Único (CadÚnico) nos primeiros dois meses do ano, número maior do que todos os atendimentos feitos no ano passado (268). O CadÚnico permite a pessoas de baixa renda acessar programas e benefícios sociais dos governos federal e do Distrito Federal. Dos 286 inscritos, 224 (78,3%) foram mulheres.

    O cadastramento e a atualização de dados no CadÚnico é resultado do acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social (Sedes), assinado no final de outubro passado, e é exclusivo para produtores rurais. Em janeiro deste ano, cerca de 30 extensionistas da empresa realizaram o curso de entrevistadores para incluir produtores no CadÚnico.

    Desde fevereiro, a Emater-DF tem realizado mutirões de atendimento nos 16 escritórios locais (veja aqui os endereços) com marcação de horário e obediência aos protocolos de segurança contra o coronavírus. As famílias cadastradas têm renda de até meio salário mínimo mensal (R$ 550) por pessoa ou até três mínimos (R$ 3.300) de renda mensal total.

    “Nossa luta é por dignidade aos produtores rurais. O CadÚnico é a porta de entrada para que eles possam ter acesso aos benefícios sociais do governo. Essa parceria com a Sedes só engrandece a atuação pública junto aos que mais precisam”, afirmou a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca.

    Para a secretária de Desenvolvimento Social do DF, Mayara Noronha Rocha, a parceria entre a Secretaria e a Emater-DF é a prova do compromisso do Governo do Distrito Federal com a pauta social. “A intersetorialidade é um dos principais pilares da Política de Assistência Social. E foi com esse trabalho articulado que possibilitou o Estado aumentar a rede de proteção socioassistencial para as famílias dos pequenos agricultores do DF”, explica.

    Benefícios do CadÚnico
    A inscrição no Cadastro Único é o primeiro passo para acessar políticas públicas de inclusão social federais e do Distrito Federal. É pelo Cadastro Único que se tem acesso, por exemplo, ao Bolsa Família, Programa DF Sem Miséria, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Tarifa Social de Energia Elétrica, Minha Casa, Minha Vida e Carteira do Idoso.

    O Cadastro Único também funciona como armazenamento de dados da população em situação de vulnerabilidade social e permite que o poder público tenha informações para elaborar políticas públicas de proteção social voltadas para a população de baixa renda.

    “Para alguns, isso significa sobrevivência nestes tempos difíceis. O que antes eles levavam meses, por questão de distância, falta de telefone para marcar ou outros problemas, agora eles têm com facilidade nos escritórios locais, por meio dos nossos técnicos. A Emater pensa em todas as necessidades do produtor, sejam elas produtivas ou sociais”, ressalta a gerente de Desenvolvimento Sociofamiliar da Emater-DF, Fernanda Lima.

    Atendimento
    Os produtores rurais cadastrados na Emater-DF interessados em fazer inscrição no CadÚnico devem procurar o escritório da empresa mais próximo da sua propriedade. Já para o público urbano, basta ligar no telefone 156, opção 1, ou pelo site www.sedes.df.gov.br e agendar um atendimento no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo da residência da família.
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    DF deve manter produção e colher 8 mil toneladas de goiaba este ano

    Goiaba da variedade Paluma cultivada em Brazlândia, pronta para comercialização

    Diândria Daia e Carolina Mazzaro – Ascom – Emater/DF

    Os produtores de goiaba do Distrito Federal devem colher 8 mil toneladas da fruta neste ano, mantendo a média dos últimos três anos. A safra principal vai até o final do mês – o segundo período de colheita, a “safrinha”, ocorre de setembro a outubro. O DF tem cerca de 100 produtores, com uma área total de quase 300 hectares plantados da fruta, 22,7% da área de plantio destinada à fruticultura na capital.

    A principal região produtora da fruta no DF é Brazlândia, concentrando 98% da área de cultivo. Segundo o coordenador do programa de fruticultura da Emater-DF, Felipe Camargo, a produção representa uma receita bruta de mais de R$ 10 milhões aos produtores da fruta e gera subprodutos apreciados pelo mercado. Além de fresca, ela pode ser consumida desidratada, em polpa, sucos, néctar, geleia, sorvetes e doces.

    A goiaba é uma das frutas em que o Distrito Federal é autossuficiente – dados da Ceasa de 2019 mostram que das 3.957 toneladas da fruta comercializadas na Central, 3.098 toneladas eram de produtores do DF. Para comparar, das 15 mil toneladas de banana prata comercializadas em 2020 na Ceasa, apenas 336 toneladas eram de produtores locais.

    “Além da Ceasa, os produtores comercializam diretamente a consumidores, mercearias, mercados, lanchonetes ou em feiras. Como o que acontece na Ceasa é um retrato do que acontece no DF, podemos dizer que somos autossuficientes na produção de goiaba. O que produzimos atende o mercado interno”, diz Camargo.

    Produtividade
    No DF, a produtividade da fruta é maior do que a média nacional. Os produtores locais colhem 27,5 toneladas por hectare, enquanto a média do país é de 26,4 toneladas por hectare. Segundo Felipe Camargo, a produtividade do DF é maior graças a tecnologias adotadas pelos produtores locais.

    “Cerca de 95% das áreas plantadas são irrigadas. Além da irrigação, as podas de frutificação contínua permitem que o produtor colha da fruta quase o ano todo”, explica o agrônomo. “Temos ainda produtores que dividem a área de plantio em talhões para fazer o manejo da poda. Assim, na mesma propriedade, terá áreas com plantas florindo e áreas já sendo colhidas”, afirma Camargo.

    A goiaba é uma planta perene e, com o manejo adequado, é possível colher a fruta o ano inteiro. O produtor rural Assis Rosário começou há um ano o seu primeiro plantio de goiaba. Ele já produz hortaliças, como tomate, pimentão e brócolis. Mas sua expectativa é em breve ficar apenas com a goiaba. “Eu conheci pés de goiaba de 27 anos, então você não precisa estar plantando toda hora”, conta Assis.

    Entusiasmado com a produção, Assis visitou o plantio da variedade Cortibel no Espírito Santo. “Cortibel segura uma semana sem ser refrigerada e não fica com cheiro forte, além de ter muita massa, ideal pra consumo in natura”, conta o produtor.

    Atualmente as suas goiabeiras não estão produzindo fruto porque ele está priorizando a formação da planta. “Ela já floriu três vezes, mas eu derrubei os frutos”. Ele plantou 1.200 pés de goiaba e pretende fazer o manejo para colher a fruta o ano todo. “A goiabeira floresce de acordo com a poda, então eu sempre vou ter um talhão produzindo”, explica.

    Segundo o coordenador de fruticultura da Emater, a variedade de goiaba Cortibel ainda é novidade no Distrito Federal. “As variedades mais plantadas no DF são Pedro Sato e Paluma”, explica. “O produtor do DF, ao escolher a variedade de goiaba para o plantio, leva em consideração alguns aspectos como produtividade, época de produção, tamanho e formato de fruto, coloração da polpa e destinação da produção, se é para indústria ou para consumo in natura”, explica.

    “A Cortibel foi desenvolvida em Linhares [Espírito Santo] e promete ser mais produtiva, resistente a pragas e doenças, ter maior tempo de prateleira e melhor digestão ao ser consumida. Mas os plantios no DF ainda são recentes”, afirma o especialista.

    “Quem planta tem muitos obstáculos ácaro, ferrugem, nematóide”, explica Assis, mostrando que a novidade da variedade não é o maior obstáculo. “Difícil mesmo é o preço dos insumos, que estão cada vez mais caros. Mas na hora de vender o produto, é o mercado que dita o preço”, afirma o produtor. Segundo a estimativa dele, se tudo der certo, seu plantio de goiaba vai levar 4 anos para cobrir os custos e começar a dar lucro.

    Onde comprar
    Para escoar a produção e divulgar a produção da fruta nesta época do ano, era realizada a Festa da Goiaba, na Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag), em Brazlândia. Entretanto, o evento está suspenso devido à pandemia do novo Coronavírus. Mas, quem quiser comprar a fruta, doces, polpas e outros derivados, pode encontrar produtores e agroindústrias no site Põe na Cesta.

    Para acessar o Põe na Cesta, basta digitar o endereço https://dfrural.emater.df.gov.br/poenacesta/

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