Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente há 6,4 milhões de crianças com até 10 anos com excesso de peso e 3,1 milhões de crianças nessa faixa etária com obesidade. Na faixa de até cinco anos, o índice é de 15,9%, enquanto na de cinco a nove é de 31,8%. Entre os adolescentes, há 11 milhões de indivíduos com excesso de peso e 4,1 milhões com obesidade, um índice total de 31,9%. Pensando nisso, a Educadora Física Valéria Leonhardt, gerente do Ravenna Brasília, elencou alguns perigos sobre a obesidade infantil. O trabalho tem como foco alertar os pais, no mês das crianças, sobre os hábitos alimentares das famílias.
Segundo Valéria, “a obesidade traz uma série de comorbidades e prejuízos à saúde das crianças, como colesterol alto precoce e hipertensão. Então, é importante pensar no comportamento familiar primeiro e o quanto isso impacta na vida dos pequenos”, explica. “A USP traz pesquisas dizendo que, quando as mães engordam, suas crianças engordam também. Isso mostra que o comportamento em casa influencia muito os hábitos alimentares infantis. Então é muito importante que a família se engaje nesse tratamento.”
No Ravenna, os pequenos não fazem dieta, e sim uma reeducação alimentar focada no crescimento saudável. “Trabalhamos melhores escolhas alimentares para que eles percam peso de forma leve, sem se sentirem pressionados no processo. Temos todo um suporte terapêutico: a criança é acompanhada por psicólogos para diminuir a ansiedade ao longo do processo”, conta. Além do acompanhamento psicológico, o Ravenna também oferece acompanhamento médico e físico. “As crianças podem sim fazer musculação, desde que adaptada ao peso do corpo, estimulando a melhora da postura, a coordenação motora e o equilíbrio. Procuramos fazer a musculação de forma lúdica para elas.” Uma criança obesa tem grandes chances de se tornar um adulto obeso se não trabalhar seu processo. “Por isso nós trabalhamos a construção dos hábitos para podermos controlar o peso além da infância”, conclui.