terça-feira, 26 novembro, 2024
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    O diabetes pode ser emocional?

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    “Sim, diabetes emocional existe. Há vários estudos que mostram a influência do estado emocional no controle do diabetes. Inclusive, algumas evidências remetem o início da doença após um forte abalo emocional, ou seja, o fator emocional pode desencadear o início da doença”, explica a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato.

    Os dados (leia aqui) da Federação Internacional do Diabetes (IDF) apontam que o Brasil ocupa o 6º lugar entre os 10 principais países com adultos (20 a 79 anos) com diabetes em 2021 (e nas projeções para 2045); Somos o 3º país com maior prevalência de diabetes tipo 1 (92.300 pessoas), em pessoas abaixo dos 20 anos de idade, atrás apenas da Índia e Estados Unidos.

    Segundo a especialista, é muito comum os médicos notarem que pacientes que já apresentavam fatores de risco para o diabetes tipo 2, após um abalo emocional, acabam desenvolvendo a doença. “Isso pode acontecer também com diabetes tipo 1, aquele que é autoimune, e que surge ainda na infância. Um balo psíquico grande, pode abrir o quadro o diabetes tipo 1”, detalha Dra. Lorena.

    Após um impacto emocional importante, o paciente tende a piorar os hábitos do dia a dia, podendo se tornar sedentário, mesmo que por um curto período, começar a se alimentar de forma desequilibrada, o que contribui para o ganho de peso. Todos esses fatores contribuem para o surgimento do diabetes.

    “Fatores hormonais também podem estar envolvidos nesse desenvolvimento da doença, já que pode ocorrer o aumento de alguns hormônios, como o cortisol por exemplo, que dificulta a ação da insulina e eleva a glicose no sangue”, conta a médica.

    Ela comenta ainda que pacientes que já têm diabetes sabem que quando estão estressados, quando passam por um evento emocional intenso, eles pioram o controle da doença devido a esses mesmos fatores que fazem com que desencadeia o início do diabetes em pessoas que não tinham esse diagnóstico ainda.

    “Por isso, é muito importante controlar a questão psíquica para um bom controle do diabetes. “Eu sempre falo para os meus pacientes que o controle da doença não é só a glicemia, fazer exame de sangue. Trata-se também do bem-estar psíquico do paciente e da qualidade de vida com um todo, com alimentação saudável e a prática frequente de atividade física, uma das ferramentas imporatntes para o alívio do estresse”, indica Dra. Lorena.

    Insuficiência renal, problemas cardiovasculares, amputação de membros, cegueira e acidente vascular cerebral (AVC) são algumas das complicações causadas pelo diabetes mal controlado.

    Sobre a Dra. Lorena Lima Amato – A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.

     

    Serviço:

    Sites: https://endocrino.com/

    www.amato.com.br

    Instagram: https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/

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