Atualmente, cerca de 40 operários trabalham na fase de demolição de estruturas
As obras na Sala Martins Pena do Teatro Nacional Claudio Santoro seguem em compasso acelerado desde que começaram no final do ano passado. O valor do investimento desta primeira parte é de quase R$ 50 milhões, prometendo gerar cerca de 350 empregos até o fim dos trabalhos.
“É uma transformação, tudo está avançando bem, com muita gente trabalhando”, resume o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues. “É uma emoção. O que nos permite acreditar no retorno total das atividades neste ícone da cultura brasileira”, constata.
Atualmente, 40 operários se debruçam na fase de demolição das atuais estruturas. Trata-se de uma etapa necessária para que os serviços de restauração do local sejam feitos na sequência.
Entre as novidades do projeto para a Sala Martins Pena está o aumento da capacidade de público do espaço, ampliada de 407 para 497. Os corredores de acesso à sala de espetáculos também já estão sendo restaurados, assim como o foyer do teatro, que vai ganhar forro novo.
“Aqui temos um equipamento de mais de 60 anos, uma espécie de ‘cápsula do tempo’ da época em que Brasília foi inaugurada”, compara Rodrigues. “É uma restauração que está sendo feita com todo carinho, trazendo a modernidade”, assegura o gestor.
Os serviços realizados pela empresa Porto Belo Engenharia incluem a reforma das instalações, sobretudo elétrica e climatização, recuperação estrutural, restauração de pisos e revestimentos acústico, esquadrias e de imobiliários. Também será feita a atualização tecnológica das estruturas e mecanismos cênicos. Outro detalhe relevante é a modernização das saídas de segurança, que vão respeitar a acessibilidade.
Para tanto, o Teatro Nacional Claudio Santoro ganhará novas rotas de fuga e duas saídas de emergência que serão construídas a partir da Martins Pena. Trata-se de túneis com 42,8 metros de comprimento que ligarão a sala até o estacionamento em frente à entrada principal.
“Uma das principais razões de o teatro ter sido interditado foi a falta de acessibilidade e também de uma saída para que o público possa se retirar numa situação de emergência”, comenta o secretário. “Agora, teremos todos os requisitos que a legislação exige”, pontua.
BRB E NOVACAP
Ao longo desta semana, o secretário Bartolomeu Rodrigues visitou o espaço duas vezes. “Estou me sentindo um verdadeiro fiscal de obras”, brinca. Nesta quarta-feira (29/3), a visita foi realizada em companhia do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e do presidente da Novacap, Fernando Leite, empresa do GDF responsável por fiscalizar a obra.
“Desde 1956, com Juscelino Kubitschek, que a Novacap é a empresa que constrói sonhos. Agora estamos reconstruindo o Teatro Nacional, um sonho de toda a população. É um espaço que virá com força total, novo, renovado e cheio de tecnologia”, observa Leite. “O BRB se junta à Secec e à Novacap para que possamos devolver à população do DF o Teatro Nacional. O Nosso papel é o de encontrar soluções financeiras para que a obra possa ser financiada e ser entregue”, antecipa o presidente do BRB.
O Teatro Nacional Claudio Santoro foi projetado em 1958 por Oscar Niemeyer, em colaboração com o pintor e cenógrafo Aldo Calvo. As obras de construção do espaço iniciaram em julho de 1960, poucos meses depois da inauguração da capital. Em abril de 1961, a companhia Teatro Cacilda Becker, dissidente do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), desembarcou na nova capital do País com a missão de inaugurar, simbolicamente, o lugar que viria a ser a Sala Martins Pena, fundada oficialmente em 1966.
(Ascom/Secec. Fotos: Hugo Lira/Ascom Secec)