De 12 a 15 de setembro, Ceilândia receberá a 16ª edição da maior festa junina fora de época do país, O Maior São João do Cerrado. A banda Mastruz com Leite, considerada um dos grupos de forró mais tradicionais do Brasil, abre a programação no palco principal. Até domingo, Bicho de Pé, Iohanes, Negão Chandon, Flavinho Casca de Bala e Banda Magníficos se revezarão, garantindo noites de muita música e alegria.
Artistas do Distrito Federal completam a programação do palco principal. Nilson Freire, Alisson e Aryel, Rick e Rangel e Nego Rainer estão entre as grandes atrações da festa. A programação cultural também conta com as apresentações circenses e shows no coreto e nas ilhas de forró. Um espetáculo com trios pé de serra que fazem subir a poeira e aquecem as noites de inverno no Cerrado.
Em sua 16ª edição, O Maior São João do Cerrado homenageará um dos grandes expoentes da xilogravura no mundo, o artista J. Borges, que faleceu em julho, aos 88 anos. Em 2014, o palco principal da festa foi ilustrado com as obras do artista. O tributo é apenas uma das surpresas de 2024.
Evento gigante
Desde sua estreia, OMSJC já reuniu mais de quatro milhões de pessoas, 1.640 horas de música e 26 mil artistas contratados. A cada edição são gerados 100 mil watts de som e 300 mil watts de luz são consumidos. Além de fomentar a cultura, o festival estimula a economia. Só em 2023, foram gerados 1,5 mil empregos diretos e 5 mil indiretos.
Para a organizadora, Edilane Oliveira, o evento é uma celebração da arte e da alegria. “O Maior São João do Cerrado é um grande palco da cultura popular em pleno Planalto Central, inteiramente voltado às famílias brasilienses”, explica.
Segundo a produtora, só quem já viveu a experiência de uma festa de São João no Nordeste brasileiro, compreende a importância dos festejos e o significado de trazer para Ceilândia e para o Distrito Federal, um evento como o OMSJC.
“É quase impossível encontrar um migrante nordestino que não sinta saudade da sua terra quando junho se aproxima. A névoa e o cheiro das fogueiras, o barulho das bandeiras e o ritmo contagiante do forró acendem memórias que, ano após ano, me motivam a realizar essa festa. O São João é um presente para o brasiliense e, sobretudo, para o povo nordestino”, destaca a produtora.
Ceilândia
Capital do Nordeste no Distrito Federal, Ceilândia tem, em sua formação, a segunda maior comunidade nordestina do país fora do Nordeste. Caminhar pelas ruas, feiras e praças da cidade é encontrar um pedacinho da região em cada esquina. E não haveria lugar mais adequado para erguer o grande palco da festa.
“Muitas pessoas já disseram que eu deveria levar O Maior São João do Cerrado para o Plano Piloto, para o centro da cidade. Mas Ceilândia é a casa do São João. E todos da cidade sabem da minha luta, ano após ano, para defender esse chão como nosso território”, afirma Edilane Oliveira.
Acessibilidade
Mais que promover entretenimento, O Maior São João do Cerrado tem como premissa possibilitar inclusão para o público. O evento conta com intérpretes em libras, audiodescrição, plataforma elevada para pessoas com mobilidade reduzida e estacionamento exclusivo para PCD.
O Maior São João do Cerrado é organizado pelo Instituto Brasileiro de Integração – Cultura, Turismo e Cidadania (IBI).