Condição ligada ao estresse e à ansiedade pode comprometer dentes, articulações e qualidade de vida. Imagem: Ilustrativa/Reprodução/Pixabay
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% dos brasileiros sofrem de bruxismo, condição caracterizada pelo hábito involuntário de apertar ou ranger os dentes. “O bruxismo é uma desordem funcional causada principalmente pela ansiedade e estresse, além do uso de alguns medicamentos e fatores genéticos”, diz Sergio Lago, Doutor em Periodontia, Implantodontista e embaixador da S.I.N..
O problema pode acontecer tanto durante o dia quanto à noite e o diagnóstico precoce é essencial para evitar dores, desgastes dentários e até problemas na articulação da mandíbula. “Muitas pessoas só descobrem serem portadoras da condição quando chegam ao consultório com dor muscular, dentes desgastados ou até mesmo fraturas dentárias”, explica o especialista. “Por isso, na presença de sintomas, é importante consultar o dentista. O profissional vai avaliar o caso e recomendar o tratamento adequado. A intervenção precoce é importante para manter a saúde dos dentes e maxilar a longo prazo”, conclui.
Segundo o Dr. Lago, os sinais mais comuns do bruxismo incluem:
Dores de cabeça ao acordar;
Dor de cabeça forte começando nas têmporas — nas laterais da cabeça, entre a testa e as orelhas;
Dores ou estalos na mandíbula;
Dificuldade para dormir bem, em alguns casos;
Dor ou sensibilidade nos dentes;
Desgaste ou achatamento das superfícies dentárias;
Tensão ou dor na região do pescoço e ombros;
Tratamento
“Depois de diagnosticar o problema, a conduta mais frequente é indicar o uso da placa miorrelaxante, que é moldada conforme a altura e o encaixe da mordida”, explica o Dr. Lago. Trata-se de um dispositivo removível que atua na proteção dos músculos e das articulações da mandíbula contra os efeitos do apertamento e do ranger dos dentes provocados pelo bruxismo.
Além disso, atividades que auxiliam no gerenciamento do estresse, como terapia, práticas integrativas, meditação e exercícios físicos são altamente recomendadas. Em alguns casos, a fisioterapia pode ser usada para tratar o problema, já que ajuda a fortalecer e relaxar os músculos da mandíbula, reduzindo assim a atividade de apertar ou ranger os dentes. “Medicamentos como antidepressivos ou ansiolíticos também podem compor o tratamento do bruxismo”, diz o especialista.
