terça-feira, 26 novembro, 2024
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    Cursos técnicos na contramão do desemprego entre jovens

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    O desemprego no Brasil já começou a cair, mas os números ainda estão longe do ideal. O problema é ainda maior entre os jovens, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho, 30% da população do Brasil de 15 a 24 anos, que estava em busca de trabalho, terminou 2017 desempregada. O número é o maior em 27 anos. Inexperiência e baixa qualificação profissional estão entre as causas. 

    Entre as alternativas, especialmente para os jovens, estão os cursos técnicos. O ensino profissionalizante é uma ótima opção para quem quer ingressar, ou voltar, o mais rápido possível ao mercado de trabalho. São vários os pontos positivos dessa modalidade de estudo, explica a diretora da Escola de Saúde Unyleya, Kedma Villar, que coordena quatro cursos técnicos presenciais: “No ensino técnico, o período para a formação é mais curto que um curso superior e o aprendizado é focado na prática da carreira que a pessoa escolher e com a qual tiver mais afinidade. O custo-benefício, devido às mensalidades mais acessíveis, também é outro ponto positivo, afirma.

    Além disso, para os jovens que querem começar logo a trabalhar é ideal, pois exige que o aluno esteja apenas no segundo ano do Ensino Médio ou já o tenha concluído. O ensino técnico é voltado para a qualificação profissional, onde teoria e prática necessariamente precisam estar juntas. O aluno se forma apto para trabalhar e muitas vezes ingressa no mercado de trabalho até mesmo durante a formação. “Os cursos técnicos possuem as certificações intermediárias, as quais são conferidas ao aluno na metade do curso. Com esses certificados o aluno estará pronto para já atuar profissionalmente em algumas funções da sua profissão antes da conclusão do curso., explica.

    Para exemplificar como funciona esse sistema de certificação intermediária, Kedma cita o curso técnico em Saúde Bucal, que possui quatro módulos com duração de dois anos. Ao final de um ano, quando completa o segundo módulo, o aluno receberá a certificação intermediária de Auxiliar em Saúde Bucal, estando apto para atuar profissionalmente em tarefas de instrumentação em um consultório odontológico. E quando se tornar Técnico em Saúde Bucal, poderá realizar atividades de maior intervenção, como, por exemplo, remover o fio ortodôntico ou tirar uma radiografia, sempre sob a supervisão do dentista.

    Falta de profissionais X desemprego

    Para quem faz um curso técnico, as chances de conseguir rapidamente a empregabilidade se dá, também, por causa da falta desse tipo de profissional no mercado. Pesquisa inédita realizada pela fundação Dom Cabral (FDC), em 2016, mostra que, das empresas que se deparam com problemas na hora da contratação, 40% apresentam maiores dificuldades para encontrar profissionais qualificados de nível técnico. O levantamento foi feito com 201 empresas de grande porte no país, distribuídas em todas as regiões. Juntas, elas empregam 936 mil funcionários em tempo integral. “O nível técnico apresentou-se como aquele com maiores dificuldades para se encontrar profissionais qualificados”, diz o estudo.

     

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