sexta-feira, 7 novembro, 2025
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    Disfunções da tireoide: até 20% das mulheres podem ter hipotireoidismo

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    Você sabia que a tireoide, embora seja um pequeno órgão, pode impactar, e muito, a qualidade de vida? A glândula produz os hormônios tireoidianos que agem em todas as células do organismo, levando a um aumento do metabolismo. No coração, faz aumentar a frequência cardíaca, no intestino pode levar a diarreia (peristaltismo) quando tem excesso do hormônio.

    A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato conta que o distúrbio mais comum da tireoide é o hipotireoidismo. “Algumas casuísticas em mulheres adultas indicam que até 20% delas podem ter hipotireoidismo, ou seja, uma quantidade considerável de pessoas”, comenta a especialista, que elenca ainda os nódulos tireoidianos, que são comuns, e o hipertireoidismo, menos comum, mas não raro. “O câncer de tireoide está presente em 1 a 2% dos cânceres malignos. Geralmente, acomete mulheres, assim como as outras disfunções da tireoide”, explica a médica.

    Sintomas – Os sintomas dependem de qual disfunção está presente. “Se é o hipotireoidismo, os sintomas serão de lentificação, desaceleração. Coração bate mais devagar, edema nos membros inferiores, intestino preso e excesso de menstruação nas mulheres podem ser alguns dos sintomas do hipotireoidismo. Já o hipertireoidismo torna tudo acelerado, como o aumento da frequência cardíaca, insônia, intestino acelerado, tremores e emagrecimento”, explica Dra. Lorena Amato.

    Os exames para detectar a disfunção da tireoide são a dosagem dos hormônios TSH e o T4 livre, principalmente. Segundo a endocrinologista uma dosagem inicial é suficiente para informar se há alguma disfunção ou não.

    A saúde mental também pode ser impactada pelos distúrbios da tireoide. “São diagnósticos diferenciais. O hipotireoidismo, por exemplo, pode se manifestar com sintomas de depressão. Já o hipertireoidismo com sintomas de ansiedade”, explica Dra. Lorena.

    Alimentação x tireoide – Quando deficiente em iodo, a alimentação pode levar ao hipotireoidismo, o contrário pode ser responsável pelo hipertireoidismo. “O nosso sal é iodado há alguns anos, o que faz da deficiência de iodo uma situação bem incomum, não encontramos na prática clínica do dia a dia”, comenta Dra. Lorena.

    A médica explica que nas demais alterações da tireoide nenhuma alteração alimentar em dieta balanceada vai ser significativa para causar a disfunção da glândula. “Tem relatos de que se a pessoa consumir um quilo de brócolis por dia, ela poderia ter alguma disfunção tireoidiana, mas são consumos bem exagerados, que não é o que se vê no dia a dia”, finaliza a endocrinologista.

    Sobre a Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.

    Serviço:

    Site: https://endocrino.com/

    www.amato.com.br

    Instagram: https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/

     

     

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