terça-feira, 26 novembro, 2024
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    É preciso dizer a verdade sobre o coronavírus

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    Ministros usaram dados oficiais para destacar que o número de mortes no Brasil é menor do que em outros países, em termos proporcionais. Segundo o balanço apresentado pelo ministro Walter Braga Netto (Casa Civil), que compara o Brasil com outros sete países, o número de óbitos por milhão de habitantes é 58,6 no caso brasileiro, mas chega a 691,7 na Bélgica; 524,9 na Espanha; 424,4 no Reino Unido; 422,6 na Itália; 369,1 na França; 200,5 no Estados Unidos; e 79 na Alemanha. A comparação foi feita a partir do centésimo caso da doença notificado em cada país.

    “Essa fotografia evidencia que o Brasil, no seu 61º dia após o centésimo caso, apresenta um número de óbitos acumulados proporcionalmente bastante inferior. Esse resultado se deve exatamente às medidas adotadas [pelo governo]”, afirmou.

    Um estudo da universidade norte-americana Johns Hopkin, que analisa dados absolutos, coloca o Brasil em sexto lugar tanto em número de casos confirmados da covid-19 (218 mil) quanto em número de óbitos (14,8 mil), ficando atrás de Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália.

    Para o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, pelo fato de o Brasil ser um país continental, a comparação com outras nações, com menor população, distorce a realidade da pandemia. “Considerando a população, o Brasil está atrás de praticamente todos esses países. Não estou minimizando as mortes (…), mas é importante que nós tenhamos consciência quando estamos noticiando”, afirmou.

    Ramos ainda citou o número de mortes por ano no país, por diversas causas, para argumentar que não se deve causar um “clima de terror” no Brasil.

    “Todo mundo aqui deve andar de carro ou de ônibus, pratica esporte. A média de mortes, por ano, de queda, afogamento, acidente automobilístico, lesões provocadas de toda ordem: 164 mil mortes. Os números são impactantes, mas nem por isso é instaurado um clima de terror”, afirmou.

    O ministro-chefe da Casa Civil ressaltou que, desde o início da pandemia no Brasil, o governo federal realizou mais de 1,8 mil ações e repassou “enorme quantidade de recursos materiais e financeiros” a estados e municípios.

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    Adélio I

    A Polícia Federal (PF) encerrou parte das investigações a respeito dos supostos financiadores da defesa de Adélio Bispo de Oliveira a fim de descobrir se ele agiu sozinho ao esfaquear o presidente Jair Bolsonaro, à época ainda candidato à Presidência, em setembro de 2018.

    A corporação já entregou à Terceira Vara Federal, em Juiz de Fora (MG), as conclusões dos investigadores sobre o episódio. A Justiça, no entanto, ainda não tornou público, oficialmente, o teor das manifestações policiais.

    Documentos e equipamentos pertencentes a Adélio Bispo, tais como aparelhos celulares e computadores, foram analisados à procura de indícios que ajudassem os investigadores a refazer o planejamento do ataque. Além disso, dezenas de testemunhas foram ouvidas e diligências autorizadas pela Justiça cumpridas.

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    Adélio II

    O ministro da Justiça, André Mendonça, avaliou que parte importante da investigação da tentativa de assassinato do presidente Jair Bolsonaro ainda está pendente e ele espera que o Supremo Tribunal Federal decida logo se vai autorizar a quebra de sigilo telefônico dos advogados de Adélio Bispo, o autor confesso do atentado. “Uma das vertentes importantes dessa investigação ainda não pode ser efetivada justamente por essa indefinição judicial sobre a viabilidade desse acesso ou não ao telefone dos advogados… Espero que seja o mais breve possível (a decisão do STF), até porque se há algum mandante, se há algum agente externo que tenha motivado ou contribuído para o ato do Adélio, essa pessoa está solta e certamente coloca o presidente da República numa situação de maior risco, se há essa figura”, alertou.

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    Lucro no BNDES

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve lucro líquido de R$ 5,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, resultado 4,6 vezes maior em relação ao último trimestre, quando teve lucro de R$ 1,2 bilhão. Segundo o banco de fomento, o desempenho é atribuído principalmente ao resultado de R$ 8,5 bilhões com participações societárias, dos quais R$ 8,1 bilhões decorreram dos desinvestimentos realizados no período, com destaque para a oferta pública de ações da Petrobras em fevereiro. De acordo com o BNDES, esse efeito foi atenuado pela constituição de provisão para risco de crédito de R$ 1,7 bilhão, influenciada pela revisão das classificações de risco de empresas dos setores mais afetados pela pandemia de covid-19.

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    Desemprego maior

    A taxa de desemprego entre os jovens brasileiros de 18 a 24 anos de idade ficou em 27,1% no primeiro trimestre de 2020, bem acima da média geral de 12,2% do país no período. Este comportamento foi verificado nas cinco grandes regiões, com destaque para o Nordeste, onde a estimativa foi de 34,1% de desempregados nesta faixa etária. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua) do IBGE.

    O desemprego entre os jovens cresceu em relação ao último trimestre de 2019, quando a taxa era de 23,8%. Segundo a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy, o crescimento é esperado devido às dispensas de trabalhadores temporários contratados para o período de final do ano.

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    Expulsos ficam

    O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que os 34 diplomatas venezuelanos, expulsos pelo governo brasileiro, podem permanecer no Brasil enquanto durar o estado de calamidade pública e emergência sanitária reconhecido pelo Congresso Nacional em razão da pandemia de covid-19. Barroso ratificou a liminar deferida no dia 2 de maio, pedida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), suspendendo a expulsão do corpo diplomático da Venezuela no Brasil.

    A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério das Relações Exteriores se manifestaram contra a decisão, argumentando, entre outras coisas, que compete ao presidente da República, por atribuição constitucional, decidir sobre as relações internacionais do país.

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