Nome surge como alternativa à mudança do quadro político
A insatisfação da sociedade com o quadro político local e nacional tem sido apontada como a impulsionadora da pré-candidatura de Jofran Frejat (PR) ao Governo de Brasília. Experiente e comprometido com o bem-estar da população, ele vê a ascensão de seu nome nas pesquisas de intenção de votos em razão do reconhecimento de seu trabalho realizado na Secretaria de Saúde do DF, além de todo um histórico de vida. “Sou muito mais executor do que político, sou cirurgião, eu chego e tenho que resolver o problema, não dá pra ficar de muita conversa”, aponta.
Após a indicação de seu nome para concorrer ao governo de Brasília pelo Partido da República (PR), Jofran Frejat enfrenta o desafio de compor uma chapa que reflita a condição de “resgatar Brasília para os brasilienses”, explica. De acordo com ele, as conversas avançam em torno de nome para disputar a vice-governadoria e as duas vagas para o Senado. “A saúde de Brasília foi referência nacional e não tenho envolvimento em irregularidades. Isso impulsionou meu nome que foi sendo consolidado”, justifica.
“Essa é a coisa mais complicada, porque na medida em que você cresce politicamente ocorrem tentativas de desestabilizar o processo. Ficou acertado que aquele que estivesse mais bem posicionado nas pesquisas teria o apoio dos demais”, conta.
A composição de uma chapa implica na escolha de um vice que tenha alinhamento com o titular. Para Frejat não se pode colocar um adversário ao titular “porque senão vira o que temos aí hoje”. “Estamos vendo o caminho, ainda temos tempo”, comenta. O que importa, segundo ele, até o momento, é a confirmação de sua indicação. “O partido já me lançou como pré, eu tenho o apoio da nacional e da regional.”
Frejat toma todo o cuidado para que suas ações não se reflitam em campanha antecipada. “Não estou fazendo campanha, para evitar qualquer dificuldade. Estamos conversando apenas”, explica.
Soluções de última hora
Diferente de sua postura, Jofran Frejat alerta para as investidas de propaganda eleitoral disfarçada tentando incutir no eleitor a idéia de que as coisas vão ser arrumadas em um próximo mandato.
“Tenho receio de que tudo seja propaganda eleitoral. Eu não consegui agora, mas vou conseguir recursos para fazer no próximo governo, e assim vai para metrô e outros problemas. Consegui arrumar as contas e vou dar os aumentos. Subliminarmente é propaganda política”, alerta.
É preciso ter experiência, ter entendimento. É preciso ter comprometimento com a população e com Brasília para governar, esclarece Frejat. Ele lembra que a capital do país já foi referência em saúde e segurança é hoje enfrenta o caos. “Educação é o caos, Brasília precisa ser resgatada e não pode ser a velha história de divisão de cargos. Eu vejo tentativa de trazer gente de fora para ser secretário disso, daquilo. Brasília tem as melhoras cabeças do país, gente inteligentíssima. Querem trazer alguns iluminados de fora, que acham que sabem de tudo, especialista disso, daquilo, e se criou as dificuldades que temos”, exorta o experiente gestor.
Sobre a crise na Saúde, Frejat explica que Brasília cresceu, e que não deram continuidade ao projeto inicial da rede pública desenhada por ele. “Hoje a estrutura é basicamente a que deixei. Não tem como atender a demanda. Não fizeram nada mais além do que foi feito. Agora querem trazer organizações sociais, elas não se envolvem com atenção básica, só com o que dá dinheiro”, alerta. Essa coisa a gente já conhece, não tem mais como errar nessas coisas.
Para Frejat, instituto HBDF tem outros objetivos que os de resolver o problema da saúde. “Não dá pra organizar do jeito que querem. Vai dar problema até de formação de escala, é um equívoco. É preciso conhecer a área”, adverte.
“Na segurança há insatisfação, é preciso encontrar uma solução. Gente dormindo em fila pra conseguir uma vaga na escola pública”, indica o pré-candidato pelo PR. “Brasília precisa ser o modelo, ser o exemplo, irradiar para o resto do país. Quantos estados criaram fundações como a daqui? Quem não tem compromisso não faz política.” Para ele, se não tiver compromisso, não adianta se eleger.
Centro Administrativo
O centro administrativo construído entre Taguatinga, Ceilândia e Samambaia, seria transformado por Jofran Frejat na Grande Universidade Pública do Distrito Federal, caso consiga alcançar a eleição para governador.
A idéia é atender a população de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Águas Claras Recanto das Emas, Riacho Fundo. “Pegar toda essa garotada e colocar na universidade pública. É preciso dar essa chance para que possa fazer uma faculdade de medicina, por exemplo. O curso particular custa R$ 7 mil, como é que o estudante de Ceilândia vai pagar isso?” pondera o pré-candidato.
Quem é Frejat?
Frejat é formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pós-graduado pela Universidade de Londres, é titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Mastologia e do Colégio Internacional de Cirurgiões.
Foi diretor do Instituto Médico Legal do Distrito Federal, foi Secretário de Saúde e secretário-geral do Ministério da Previdência Social além de ocupar uma cadeira no conselho diretor da Fundação Hospitalar do Distrito Federal.
Eleito deputado federal, participou da Assembleia Nacional Constituinte de 1988. Reeleito em 1990, afastou-se para ocupar a Secretaria de Saúde. Foi reeleito em 1994, votou contra a Emenda da Reeleição e conquistou um novo mandato em 1998, afastando-se para retornar à Secretaria de Saúde.
Disputou uma cadeira no Senado Federal em 2002 e foi reeleito deputado federal em 2006 fazendo dele o recordista de mandatos pelo Distrito Federal.
Por Marcos Machado
