Neste mês homenageia, claro, a todas as mulheres que lutam todos os dias por um espaço na sociedade. Tenho como inspiração mulheres que em meio ao universo unicamente masculino, impuseram-se e conquistaram seu espaço. Este ano, destaco mulheres que se tornaram conhecidas na Literatura Brasileira e fizeram a diferença cada qual em sua época.
Você sabia que a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras (ABL) foi Raquel de Queiroz? Pois é, em 1977, a cearense entrou para a ABL e em 1993, foi a primeira a receber o Prêmio Camões. Mas, um pouco antes disso, a escritora Nísia Floresta Brasileira Augusta, também nordestina, do Rio Grande Norte, foi uma das primeiras mulheres a fazer parte no universo da Literatura no século XIX, onde escreveu o seu primeiro livro “Direitos das mulheres e injustiça dos homens”, também o primeiro a abordar sobre os direitos das mulheres no Brasil.
Outro destaque vai para Ana Eurídice Eufrosina de Barandas, considerada a primeira cronista brasileira no século XIX e ainda temos Clarice Lispector, uma das escritoras mais importantes do século XX e a maior escritora judia. Clarice também era jornalista e escrevia para a coluna “Correio Feminino”, no Jornal Correio da Manhã. Em 1960, trabalhou no Diário da Noite, na coluna “Só para Mulheres”, nesse mesmo período recebeu o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro pelo lançamento “Laços de Família” e no ano seguinte, pulicou “A Maçã no Escuro” pelo qual recebe o prêmio de melhor livro do ano em 1962. Outra mulher de destaque é a escritora Nélida Pinon, primeira mulher a ser Presidente da Academia Brasileira de Letras e uma das mais importantes escritoras do Brasil.
E tantas e tantas mulheres que com o tempo vêm se destacando nesse universo que ganhou uma nova roupagem, uma nova visão de liberdade, igualdade e fraternidade. Parabéns a todas as escritoras, professoras, mulheres como tantas mulheres, que escrevem sua história todos os dias e marcam a vida de muitos homens.
Fotógrafa de Brasília retrata a essência das mulheres em projeto de fotografias de nu
Exposição de Juliana Caribé, em cartaz no SESC Estação 504 Sul, mostra processo de autoaceitação de mulheres ao se desnudarem
Mulheres retratadas em uma jornada de autoconhecimento e autoamor. Essa é a proposta da exposição “toda nudez será permitida”, da fotógrafa brasiliense Juliana Caribé, em cartaz no SESC Estação 504 Sul até o dia 5 de abril. A mostra reúne 31 imagens do projeto de mesmo nome que Caribé mantém na internet e que propõe uma ressignificação das histórias e dos corpos de mulheres de diferentes perfis. A abertura oficial acontece nessa quarta-feira (14), às 19h, com um bate-papo com a fotógrafa.
O projeto “toda nudez será permitida” surgiu em 2016, quando Juliana, após ser mãe, se fotografou como exercício de autoconhecimento. “Depois da maternidade, foi muito difícil pra mim me reconhecer no meu novo corpo. Me fotografar foi o primeiro passo rumo ao reencontro comigo mesma”, afirma a fotógrafa. “Decidi que queria oferecer meu olhar pra que outras mulheres pudessem ver a si mesmas bonitas apenas pelo que elas são, na essência”, complementa.
Segundo Juliana, as mulheres fotografadas por ela estão, também, em busca de si mesmas, de qualquer forma que seja. “Ao longo do projeto, até agora, fotografei 20 mulheres, e essa exposição é o resultado dessa jornada de ressignificação e cura, que acontece tanto pra elas quanto pra mim”, conta.
Para se candidatar ao projeto, basta escrever um email para todanudezserapermitida@gmail.com, contando a sua história com seu corpo e sua relação com a nudez. No instagram: @todanudez_
Exposição toda nudez será permitida, de Juliana Caribé
Bate-papo com a fotógrafa na quarta-feira, 14 de março, às 19h
W3 Sul Quadra 504/505 Bloco A – Asa Sul
De 14 de março a 5 de abril, das 8h às 21h
Classificação indicativa: 16 anos
Ingressos: entrada franca