terça-feira, 26 novembro, 2024
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    Projetos de jovens rurais são selecionados para 3ª etapa do prêmio Start BSB

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    Dois, dos três jovens rurais que participaram do programa de empreendedorismo e sucessão rural Filhos deste Solo, da Emater-DF, tiveram seus projetos selecionados para a terceira fase do programa de incentivo ao empreendedorismo inovador Start BSB. Yara Ballarini, 30 anos, que inscreveu seu projeto de produção de cogumelos comestíveis e medicinais e Sérgio da Costa Júnior, 33 anos, que está investindo no projeto de adubação orgânica peletizada ou capsulada, estão confirmados na próxima etapa.
    Promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), com apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, e operado pela Fundação Certi, o programa teve 200 projetos aprovados nesta fase, sendo que 194 são provenientes do Distrito Federal, cinco ideias são do estado de Goiás e uma de Minas Gerais. A lista final com os 200 projetos inovadores aprovados foi divulgada nesta semana.

    A coordenadora do Programa Filhos deste Solo, Adriana Dutra, explicou que no primeiro momento, o papel da Emater-DF, enquanto incentivadora do empreendedorismo no campo, foi levar o prêmio Start BSB ao conhecimento dos participantes do programa Filhos deste Solo, com o objetivo de incentivar o protagonismo do jovem empreendedor.

    “Feito isso, e encorajando-os a participarem do processo seletivo, passou-se à leitura minuciosa do edital a fim de avaliar, conjuntamente, as características de cada empreendimento, bem como reconhecer as fortalezas que os sustentam. Temos acompanhado eles em todas as etapas e, para a próxima fase, vamos apoiá-los na construção do Projeto de Fomento”, ressaltou.

    Próximos passos
    Com a vaga garantida para a última fase de seleção do Star BSB, as equipes deverão elaborar e submeter até o dia 24 de fevereiro um Projeto de Fomento, com apresentação detalhada do orçamento e do planejamento de execução. Assim como nas demais fases do Start BSB, os aprovados terão acesso à capacitação on-line e a um workshop presencial que auxiliará na elaboração de um projeto objetivo e de acordo com as regras do edital.

    Ao final, até 50 projetos serão contemplados, cada um com até R$ 70 mil em subvenção econômica, até R$ 42 mil em bolsa de apoio a P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e outros benefícios oferecidos por parceiros do programa. Ainda, durante seis meses, essas empresas passarão por um processo de acompanhamento com suporte e capacitação para transformar suas ideias em empreendimentos de sucesso.

    Sérgio Costa, um dos selecionados, trabalha com adubação orgânica capsulada

    Considerada exótica, pitaya é alternativa de renda para o agricultor familiar

    Produtor Baltazar Morgado recebe assistência técnica do extensionista Daniel Oliveira

    Originária da América Central, a pitaya ganhou o paladar do brasiliense. Cada vez mais presente nas feiras e mercados, a fruta é alternativa de renda para os agricultores familiares do Distrito Federal, já que possui manejo fácil e pode ser cultivada junto com outras culturas. A Emater-DF tem apoiado agricultores interessados em iniciar ou potencializar a atividade.

    Baltazar Antunes Morgado e seu filho Alessandro Morgado são um exemplo. Há dois anos no núcleo rural Lago Oeste (região administrativa de Sobradinho), os produtores iniciaram o plantio de pitaya e já estão vendendo a conhecidos por meio de redes sociais. “Quando compramos a chácara, no final de 2017, já havia um parreiral, mas decidimos apostar também na pitaya”, relembra Alessandro, acrescentando que o manejo das uvas é um pouco mais difícil. “Já a pitaya exige um tratamento bem mais simples”, conta o produtor.

    Alessandro recorda que, no primeiro ano, o resultado foi pequeno. “Plantamos cerca de 240 pés. Agora, que estamos chegando ao terceiro ciclo, as expectativas estão mais altas”, revela. Ao todo, são cerca de 1,8 m² de plantação da fruta. “Minha maior preocupação é a qualidade do produto. Por isso, estamos investindo em técnicas e tecnologias de plantio mais adequadas”, complementa o agricultor.

    O engenheiro-agrônomo Daniel Oliveira, que atua no Escritório Especializado em Agricultura Orgânica e Agroecologia (Esorg), explica que o manejo correto pode elevar a vida útil da planta para até quinze anos. “Basta fazer a adubação, a polinização, a irrigação e direcionar o crescimento dos galhos para se ter bons resultados”, observa. Por ser um cacto, a pitaya é mais resistente ao clima seco. As floradas ocorrem de outubro a maio.

    Como a fruta é considerada exótica, o valor de mercado é promissor. “O agricultor consegue comercializar por até R$ 20 o quilo. Numa conta rápida, uma plantação de pouco mais de 200 pés pode render até R$ 12 mil por ano, o que é uma ótima complementação da renda de uma propriedade pequena ou média”, esclarece o extensionista.

    Alessandro Morgado, que antes de comprar a chácara, trabalhava em outra atividade, está com boas expectativas com relação à pitaya. “Com apoio da Emater-DF, pretendemos investir em equipamentos para melhorar a irrigação, o controle de pragas e estruturar melhor o planejamento para comercialização”, vislumbra.

    O produtor possui cinco espécies da fruta e acabou de fazer uma colheita. Os pés estão todos organizados e referenciados. “A mais doce é a amarela”, afirma Baltazar Morgado, o pai de Alessandro. “Já chegamos a colher uma pitaya de 700g”, recorda. “Estamos muito satisfeitos e esperançosos com os novos ciclos”, conclui.

    (Ascom – Emater-DF)

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