O primeiro dia do projeto da Feira Rural no Parque reuniu produtores, frequentadores do Parque da Cidade e também interessados em adquirir produtos orgânicos, plantas ornamentais, artesanato, pães, geleias, biscoitos, sorvetes de frutos do cerrado e muitas outras variedades de produtos. O evento foi realizado no dia 07/12, sábado, na Praça Jatobá do Cerrado, no Parque da Cidade. A Emater-DF, em parceria com a Administração do Parque, pretende criar mais um ponto de comercialização de produtos da agricultura do DF no local.
O evento também contou com uma praça de alimentação. Tapiocas recheadas, pastéis, cocada, sucos naturais, bombons, bolos, café, chás e, para o almoço, uma macarronada com quatro tipos de molhos estavam à disposição do público. A presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, esteve na feira, conversou com todos os produtores e afirmou que a ideia é auxilia-los a comercializarem seus produtos, aproximar o campo da cidade e incentivar o consumo de produtos locais, frescos, naturais e sustentáveis.
“Esse é um projeto inicial que tem tudo para alavancar e levar nossos produtores para os espaços urbanos, para que o público da cidade possa ter alimentos saudáveis, de qualidade e que possam consumir da produção local”, ressaltou. Inicialmente, como projeto piloto, a feira vai funcionar uma vez por mês. As próximas serão nos dias 11 de janeiro e 8 de fevereiro. A partir do mês de março, funcionará todos os sábados, sempre das 9h às 16h.
Para Neide Moura, produtora da área rural de Euler Paranhos, região do Paranoá, o primeiro dia da feira superou suas expectativas e se mostrou um ponto importante de comercialização. No Parque, Neide estava com uma barraca na praça de alimentação oferecendo macarronada, casadinho, biscoito quebrador e cocada. “Eu vendo em portas de escolas, festas e participo de algumas feiras da cidade, mas aqui vai ser maravilhoso se tudo der certo”, destacou.
Wilson de Oliveira, produtor de pimentas em Sobradinho, acredita que, o fato de estar no centro da Capital e contar com estacionamento privilegiado e frequentadores assíduos, a feira pode atrair potenciais consumidores dos produtos da feira. “A gente, que planta, processa e comercializa, tá precisando de pontos assim para vender nossas mercadorias”, afirmou.
Os produtos de Wilson são conhecidos como Pimentas do Will. De acordo com ele, inicialmente plantava e vendia a pimenta in natura. No entanto, como é de difícil comercialização e estava tendo muitas perdas, passou a processar e hoje vende em forma de molho de pimenta, barbecue, mostarda e mel e creme de alho e ervas finas. Atualmente, sua produção é composta pelas pimentas Trinidad Scorpion e Carolina Reaper, conhecidas como pimentas nucleares.
Frequentadora do Parque da Cidade, Maria Rosilda disse não ter dúvidas de que a iniciativa é muito positiva. “Muito bom poder comprar diretamente do produtor, saber como os alimentos são produzidos. Isso aqui é valorização da nossa produção. Sem dúvidas, estarei aqui em todas as versões da feira”, afirmou.
O extensionista Fabio Roberto Teixeira da Costa, que atua na região de Sobradinho, afirmou que os produtores estão animados com a possibilidade de poder comercializar com frequência no local. “Existe uma demanda muito antiga por mais pontos de comercialização. Aqui eles têm uma grande expectativa de público e de renda. É um ponto estratégico pela localização e também pelo público que frequenta o parque.”