sexta-feira, 14 março, 2025
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    Queimaduras por rojões geram sequelas irreversíveis

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    Dermatologista alerta para os graves danos à pele e até à amputação dos dedos

    Fogos de artifício são itens que não faltam nas festas de fim de ano. Mas, se a brincadeira de soltar os artefatos não for realizada com toda a segurança necessária, pode ter consequências graves. Acidentes com esses explosivos causam sérias queimaduras.

    O dermatologista Luciano Morgado, da clínica Monte Parnaso, na Asa Sul de Brasília, alerta para os riscos da soltura de rojões sem os devidos cuidados. Segundo ele, queimaduras causadas pelos explosivos podem deixar sequelas irreversíveis.

    “As queimaduras podem causar bolhas, manchas, cicatrizes e muitas vezes até a amputação de dedos”, alerta o especialista.

    O profissional orienta que, em casos de queimaduras provocadas por fogos de artifício, a pessoa lave a região do corpo afetada, sem esfregar, com água fria e limpa, e coloque compressas de gaze limpa com soro fisiológico frio. É essencial procurar ajuda médica nessa situação.

    “Podem ser tomados analgésicos para dor, e jamais colocar gelo sobre a região da queimadura”, acrescenta o dermatologista, que completou: “As queimaduras que cursam apenas com vermelhidão são as chamadas de primeiro grau, que podem ser tratadas com pomadas cicatrizantes ou também pomadas de corticoide, inicialmente, a depender da avaliação médica. Já as chamadas ‘receitas caseiras’, como colocar manteiga ou creme dental sobre a queimadura, por exemplo, nunca devem ser aplicadas, pois aumentam os riscos de irritação na pele e apodem até mesmo desencadear uma infecção”.

    O Corpo de Bombeiros também alerta para os riscos de acidentes em função da soltura de rojões sem seguir as orientações de segurança. Confira as instruções da corporação:

    1 – É fundamental respeitar o distanciamento mínimo de isolamento, conforme as instruções do produto, além de seguir outras regras do fabricante.

    2 – Em hipótese alguma os fogos de artifícios devem ser utilizados em locais fechados.

    3 – Antes de realizar a queima de fogos, é preciso fazer o isolamento por cordões (cerca de isolamento), cavaletes ou similares, devidamente sinalizados.

    4 – A distância recomendada para explodir os fogos com segurança é de 30 a 50 metros de pessoas, edificações e carros.

    5 – É recomendado comprar artefatos que venham com a base para encaixar no suporte dos fogos de artifício, para que seja possível colocar no chão, e não nas mãos.

    6 – Nunca deixar crianças e menores de 18 anos soltarem fogos.

    7 – Nunca manusear fogos sob efeito de álcool.

    8 – Caso os fogos não estourem, não tentar reaproveitá-los. É indicado molhar os artefatos para apagar o pavio e evitar acidentes.

    9 – Ao estocar os fogos em casa, deixá-los em local seco e longe de fogões e outros explosivos.

    10 – Nunca comprar fogos de artifícios clandestinos, pois a maioria não é testada e não traz as instruções de segurança na embalagem.

    11 – Em caso de acidentes mais graves, deve-se acionar o Corpo de Bombeiros ou o Samu.

    De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é cadastrado pelo Ministério da Saúde como centro de alta complexidade para tratamento de pacientes queimados. Mesmo sem um levantamento oficial sobre atendimentos específicos a vítimas de queimaduras por fogos de artifício, a unidade recebe, em média, por mês, 120 pacientes no pronto-socorro, 200 no atendimento ambulatorial, e 25 na internação.

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