quinta-feira, 24 outubro, 2024
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    Sommelier Rafael Sá, da Pires de Sá Vinhos, fala sobre rótulos italianos

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    Vinho Barolo
    Vinho Primitivo

    A Itália, assim como muitos outros países da Europa, é tida como um dos precursores do vinho. Não só por conta da história do vinho, mas, principalmente, porque, na época do domínio do Império Romano, o país levava suas uvas para os territórios invadidos. O sommelier Rafael Sá, da Pires de Sá Vinhos, conta que, hoje, a Itália é dividida em regiões. Dentro das regiões, uvas específicas de cultivo. Uma uva do sul não pode ser produzida no norte devido à diferença climática. Em Piemonte, região mais fria, as uvas são encorpadas. Há a Nebbiolo, que faz o famoso Barolo, a Barbera e a Dolcetto. Já no centro, o clima é mais ameno. É a região da Toscana, famosa pelos Brunellos e pelos Chiantis, feitos com a Sangiovese, uva de médio corpo. E, no sul, que é uma região muito quente, as uvas são colhidas bem novas e seus níveis de açúcar tendem a ser mais alto, assim como seus níveis de acidez. Há a Primitivo, a Negramaro e a Shiraz. Na Costa Malfitana, há os rosés – geralmente feitos de Shiraz – e os brancos – feitos de Chardonnay.

    Os vinhos italianos, portanto, são divididos por região. Não há uma obrigatoriedade em colocar quais uvas foram utilizadas na produção do rótulo. Isso ocorre porque, na Europa, já é comum saber quais as uvas produzidas em determinadas regiões. “Em Piemonte, os rótulos obrigatoriamente precisam ser feitos com a Nebbiolo. No centro, com a Sangiovese. E, no sul, com a Primitivo, a Shiraz ou a Negramaro”, explica Rafael. Existem três tipos de vinho: o vino da tavola – teoricamente, um vinho popular, simples. Também pode ser um vinho que foge das uvas da região. Há o vinho DOC – Denominazione di Origine Controlata. Nele, o cliente tem certeza de que o vinho foi feito com uvas da região. Por fim, o DOCG – feito com uvas da região, em uma área demarcada, com produção limitada e sempre seguindo um critério de produção específico.

    Já a harmonização da Europa é mais fácil de ser feita, porque o vinho é feito para harmonizar com a comida da região. No norte, pratos fortes, como javali, porco e trufas, caem bem com os vinhos encorpados e tânicos. No sul, as harmonizações são feitas com peixes e frutos do mar, portanto, pedem um Chardonnay ou um Rosé. Na Toscana, os pratos típicos são as massas, geralmente à base de molho de tomate. Portanto, pedem um vinho meio termo, nem pesado, nem leve. Por fim, Rafael indica três rótulos ideais para quem quer imergir no mundo dos italianos: o Barolo Pietro Rinaldi DOCG, o Chardonnay di Puglia Marfi e o Primitivo del Salento 12 E Mezzo.

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