domingo, 9 novembro, 2025
More
    InícioCOLUNASCultura AtivaTeatro Nacional de Brasília

    Teatro Nacional de Brasília

    -

    *Fabíola Fabrícia

    O Teatro Nacional Cláudio Santoro (TNCS) é um dos pontos turísticos mais importantes de Brasília. O complexo cultural foi projetado em 1958 por Oscar Niemeyer, e teve a colaboração do cenógrafo e pintor Aldo Calvo, no foyer encontram-se obras dos artistas Athos Bulcão, Marianne Peretti (única mulher a integrar na seleção de artistas que participaram da construção de Brasília) e Alfredo Ceschiatti, e os jardins de Burle Marx.

    Inicialmente o espaço foi nomeado “Teatro Nacional de Brasília”, mas em 1989, foi renomeado “Teatro Nacional Cláudio Santoro”, em homenagem ao fundador da orquestra sinfônica. Uma curiosidade sobre a morte do artista é que ele faleceu no próprio teatro, enquanto regia o ensaio geral do concerto Bicentenário da Revolução Francesa.

    O teatro tem o formato de uma pirâmide sem ápice, a fachada foi construída em blocos de concretos assinados por Athos Bulcão. Oscar Niemeyer idealizou uma arquitetura com aspecto sólido, pesado e que ao mesmo tempo impactasse leveza. Com base nas observações de Niemeyer, Athos criou uma série de paralelepípedos com cinco formas variadas, implantados nas laterais do prédio. Essa obra é intitulada de “O Sol faz a festa”, devido ao movimento que a luz do sol mescla com a sombra ao longo do dia.

    O espaço é composto pelas salas Martins Pena, que tem fixado na parede um painel acústico, criado por Athos Bulcão, a Sala Villa-Lobos, é a mais ampla e o principal palco de ópera e balé da cidade, a pequena Sala Alberto Nepomuceno, é direcionada para eventos mais intimistas. No ano 2000, foi inaugurado no local, o espaço cultural Dercy Gonçalves, com capacidade para receber trezentas pessoas, a princípio seria um restaurante panorâmico, mas funcionou por pouco tempo. Na época Dercy Gonçalves compareceu para a inauguração. A área do anexo do teatro Nacional, foi construído em 1981, por Milton Ramos a convite de Oscar Niemeyer, o local passou a ser a sede da Fundação de Cultura do DF, onde atualmente funciona a Secretaria de Estado de Cultura do DF.

    Em janeiro de 2014 o teatro fechou para reforma, permanecendo por mais de uma década desativado, sendo posteriormente reaberto em dezembro de 2024. A reinauguração da sala Martins Pena foi realizada com a apresentação da Orquestra Sinfônica de Brasília, exclusivamente para os operários que executaram a obra. Os outros ambientes do teatro, como a Sala Villa-Lobos, Sala Alberto Nepomuceno, Espaço Dercy Gonçalves e o anexo ainda estão fechados, em fase de investimentos para revitalização.

    O edifício tem o reconhecimento da UNESCO, como patrimônio Cultural da Humanidade, e também declarado Patrimônio Mundial pela mesma instituição.

    *Fabíola Fabrícia é escritora, poeta bilíngue, colunista, antologista e professora graduada em Letras Português/Inglês e Respectivas Literaturas e Pós-graduada em docência do Ensino Superior. A autora tem seis livros publicados, participação em diversas antologias nacionais e internacionais. Foi convidada a apresentar os seus livros na Feira Virtual Internacional Del Libro Centro América, Peru, Chile e Argentina, entre outras.

    Notícias Relacionadas

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    -Publicidade -spot_imgspot_img
    -Publicidade -spot_imgspot_img
    -Publicidade -spot_imgspot_img

    Últimas notícias