quinta-feira, 24 outubro, 2024
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    Violência doméstica e empoderamento são discutidos em encontro de mulheres rurais

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    Mulheres de comunidades rurais do Distrito Federal participaram de uma roda de conversa realizada pela Emater-DF. Uma palestra realizada em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), ministrada pela policial civil Deise Andrade, abordou questões de violência doméstica, feminicídio, abuso sexual, questões familiares e sobre valorização pessoal e empoderamento feminino. O encontro foi realizado na Casa do Cerrado, no dia 15/10, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Rural.

    Momentos de descontração também foram proporcionados às mulheres, com música ao vivo, brincadeiras, dinâmicas de grupo e um lanche ao final do evento. Aproximadamente 40 lideranças femininas participaram da celebração, que também tratou do Encontro Distrital de Mulheres Rurais da Emater-DF que será realizado em dezembro deste ano.

    A presidente em exercício da Emater-DF, Loiselene Trindade, participou do evento e destacou a importância da mobilização da mulher rural nas comunidades, como forma de lutar por melhorias para o campo. “A mulher tem uma força que ela nem imagina. Nós podemos fazer história, transformar comunidades e construir pontes, mas para isso precisamos nos unir”, disse.

    Maria das Graças Nascimento, 54 anos, moradora da Taquara, trabalha na roça desde 8 anos idade. Nascida no Ceará, ela veio para Brasília em 1992. De lá para cá, ela conta sempre ter participado de eventos da Emater. “ Eu paro tudo que eu tenho em casa e venho, porque eu aprendo muito nesses eventos da Emater. Eu adoro participar. Não perco nenhum. A Emater ajuda a gente muito”, disse.

    Produtora no PAD, Marizangela de Fátima, 43 anos, mora no Assentamento Estrela da Lua. Ela também participou do encontro e ressaltou a importância da palestra sobre violência contra a mulher. “Essas palestras são maravilhosas para nós mulheres. Quero levar para minha comunidade. Tem muitos homens e mulheres que acham que violência e só bater, mas tem a violência psicológica que é uma das que mais mata”, declarou.

    Dia Nacional da Agricultura: “Se não fosse a agricultura, o povo não comia”, diz Zequinha da Horta

    Jucelino Teles de Lima, 62 anos, trabalha na roça desde os oito anos de idade. Conhecido como Zequinha da Horta – Zequinha porque é diminutivo de Zé, pai dele; da Horta, porque Zequinhas existem muitos mas da Horta, no Gama, só tem ele –, o produtor rural é um amante da agricultura. Neste Dia Nacional da Agricultura, celebrado em 17 de outubro, Zequinha da Horta é o personagem que ilustra a reportagem. “Amo demais minha roça. Minha vida é essa aqui”, justifica.

    Natural de Morro do Chapéu, na Bahia, onde plantava milho, feijão, mandioca, mamona, sisal e criava bode, decidiu mudar para o DF porque lá a água era escassa.  Aqui, ele consegue cultivar alface, couve, rúcula, agrião, salsinha, cebolinha, chicória, banana e pimenta, seu xodó.

    O negócio de Zequinha é plantar alimentos, o que, na opinião dele, é a função nobre da agricultura. Ele não tem dúvidas de que tudo o que se faz no campo é importante também para a cidade. “Eu sei que tem muita gente que não dá valor, mas se não fosse a agricultura o povo não comia”, lembra.

    Para a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, atividades como a de Zequinha tornam o trabalho da Emater-DF ainda mais importante: “A agricultura é a razão de existir da Emater-DF. É pela agricultura e pelos agricultores que estamos aqui. Nossa missão é fomentar a agricultura, levar meios e novas tecnologias para alavancar a produção de forma sustentável”, afirmou.

    Agricultura em números

    O Distrito Federal tem 20.148 produtores rurais (dado de 2020). Deste total, 8.954 são agricultores familiares, como Zequinha da Horta. Os outros 11.194 são patronais. Juntos, esses dois grupos produzem pelo menos 160 produtos em mais de 139 mil hectares de terra. Os 10 produtos agrícolas mais cultivados no DF, por produtores atendidos pela Emater-DF, são: soja, milho, feijão, alface, tomate, feno, palmeiras em geral, morango, couve e pimentão.

    A produção orgânica é menor, porém também significativa. O DF tem 257 produtores rurais cadastrados como orgânicos no Ministério da Agricultura. Em 2020, em uma área de 598,36 hectares, foram cultivadas 91 variedades de alimentos. Entre os orgânicos, os principais produtos foram: alface, couve, brócolis, cenoura, cebolinha, beterraba, espinafre, couve-flor e banana.

     Assistência técnica e extensão rural

    Em comum, produtores orgânicos e convencionais do DF, familiares ou patronais, podem receber assistência técnica da Emater-DF. Em 2020, 100.187 pessoas, entre agricultores e moradores de áreas rurais, foram atendidos por extensionistas e funcionários da Emater-DF. O número de atendimentos chegou a 221.736, realizados em 8.527 propriedades da região.

    Zequinha da Horta é um exemplo de produtor atendido. Para ele, a Emater-DF é fundamental e sempre presente. “A Emater-DF está sempre de portas abertas para receber nossos produtores. Estamos diariamente no campo, incentivando a produção agrícola, seja para comercialização ou seja para subsistência do agricultor, da sua família e da comunidade”, garante a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca.

    (Por: Ascom/Emater/DF)

     

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