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terça-feira, 16 abril, 2024
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    Emater-DF é reconhecida como de relevante interesse social e econômico para o DF

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    A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) foi reconhecida como importante para o desenvolvimento social e econômico local. O Projeto de Lei 908/2020, de autoria do deputado Leandro Grass (Rede Sustentabilidade) e aprovado pela Câmara Legislativa, foi sancionado pelo governador Ibaneis Rocha e se transformou na Lei 6.700/2020.

    A Emater-DF foi criada em 1978 como ferramenta de governo para a promoção do desenvolvimento rural sustentável, da segurança alimentar, hídrica e ambiental da Capital, auxiliando na concretização do planejamento de Juscelino Kubitschek de se criar um cinturão verde que pudesse abastecer a cidade com alimentos frescos e de qualidade.

    Há 42 anos a empresa presta um serviço de educação não formal e de caráter continuado, no meio rural, que propicia às famílias rurais assistência técnica, econômica, social e ambiental, com o objetivo de aumentar a produtividade, o nível de renda e a qualidade de vida.

    Anualmente, a Emater atende a aproximadamente 18 mil produtores rurais, dos quais 7,9 mil são agricultores familiares, e realiza cerca de 120 mil atendimentos. “Vale ressaltar que neste momento de pandemia nos reinventamos, passamos a utilizar ferramentas tecnológicas para nos manter próximos dos produtores. Tivemos mais de 140 mil teleatendimentos neste período”, diz a diretora-executiva da Emater-DF Loiselene Trindade.

    Cinturão verde

    Composto de aproximadamente 70% de área rural, o Distrito Federal mostra que tem vocação agrícola. São 156,8 mil hectares que produzem grãos, hortaliças e frutas. Entre as que se destacam estão as frutas, legumes, verduras e grãos. Na pecuária, é crescente o plantel de aves e a tecnologia para criação de suínos e peixes.

    Todo o trabalho de assistência técnica e extensão rural desenvolvido pela Emater-DF junto ao produtor leva benefícios ao campo. Nos últimos anos, a empresa tem se empenhado em criar alternativas para atender cada vez mais, pequenos, médios e grandes produtores, além de trabalhar com projetos que objetivam fazer a inclusão das mulheres no processo produtivo. Além disso, a empresa tem focado na capacitação de seus produtores e empregados por meio de intercâmbios técnicos, com troca de experiências e aprendizados.

    Em todas as regiões administrativas, os produtores rurais contam com o apoio da Emater. São assistidos por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais das ciências agrárias e ambientais, ciências sociais e humanas, tecnologia da informação, engenharia, educação, comunicação e de outras áreas que compartilham as novidades geradas pela pesquisa, inovações e políticas públicas aos agricultores, famílias e organizações.

    Brasília entre os líderes

    Embora pequeno, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário brasiliense alcançou R$ 828 milhões em 2017, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Já o valor da produção agrícola chega a quase R$ 1 bilhão, segundo dados da PAM.

    Segundo levantamento da Emater-DF, o Valor Bruto de Produção (VBP) do DF foi de R$ 2,907 bilhões em 2019, levando em conta as propriedades atendidas pela instituição. O VBP retrata a produção agropecuária no ano e estima o faturamento bruto dentro das atividades produtivas, na propriedade (produção x preços médios pagos aos produtores). Diferentemente da PAM, inclui um rol maior de produtos agrícolas, plantas ornamentais e também outros alimentos provenientes da pecuária, como carne, leite, ovos e mel.

    Dessa forma, com a presença da Emater-DF, Brasília vem se destacando como local de produção agropecuária versátil, tecnificada e sustentável, com oferta de alimentos frescos e saudáveis à população local.

    Projeto da Emater-DF valoriza artesanato rural

    O projeto “Olhares do Campo”, da Emater-DF, tem transformado a vida de mulheres que trabalham com artesanato. Até agora, três grupos foram formados, nas regiões rurais do Gama, Brazlândia e Paranoá. No Gama, o trabalho se desenvolveu mais rápido e hoje o grupo consegue comercializar com produtos de qualidade. Os outros grupos estão no caminho e, em breve, o projeto deve se expandir para outras áreas do Distrito Federal.

    A turismóloga Zaida Regina da Silva, que idealizou o trabalho, explica que a ideia central é fortalecer a produção associada ao turismo. “Trata-se de explorar o potencial turístico, valorizando a cultura e a história locais”, afirma. Com a pandemia que atinge o país desde março, o projeto passou a ser executado de forma virtual, com orientações e assistência oferecida às mulheres por meio do aplicativo whatsapp.

    O “Olhares do Campo” começou em 2018, quando Zaida percebeu que grupos de artesanato locais produziam um trabalho que trazia poucas referências do campo. “Se queremos um produto que seja mais bem aceito pelos consumidores, ele deve trazer imagens e memórias típicas da área rural. A mudança de olhar é o foco do projeto. Conseguimos fazer essas mulheres se voltarem para si mesmas e para sua região”, esclarece a extensionista da Emater-DF. O primeiro grupo a ser trabalhado foi em Brazlândia e o nome do projeto foi sugerido pelas próprias mulheres que compunham o coletivo.

    Com a crise sanitária, os “encontros” passaram a ser virtuais. “A qualificação agora é feita toda pelo whatsapp. Formamos um grupo onde as orientações são passadas e elas apresentam dúvidas e contribuições”, afirma Zaida. No Gama, o grupo conta com 16 mulheres; em Brazlândia são 11 e nas comunidades rurais do PAD-DF e Jardim (RA Paranoá), são 33.

    Com a realização do “Rolê PlantaFlor”, uma feira de exposição e comercialização de flores e plantas ornamentais ocorrida na Colônia Agrícola Rajadinha (RA Planaltina) em setembro, Zaida resolveu levar o trabalho do grupo das mulheres do Gama. “A qualidade estava muito boa e as peças tiveram ótima aceitação. Algumas artesãs venderam tudo”, comemora a extensionista.

    Grupo unido
    A economista doméstica Carmem Pinagé, do escritório da Emater-DF no Gama, lembra que o trabalho com mulheres na região começou em 2001. “Quando comecei a desenvolver um trabalho no núcleo rural Recanto dos Buritis, percebi que as mulheres dos agricultores eram muito isoladas entre si, tinham pouco contato. Havia vários casos de depressão, inclusive. Então, formamos um grupo e começamos a trabalhar com bordado”, relembra. No início, eram apenas quatro mulheres.

    Com o passar dos anos, o grupo cresceu. “Isso me motivou a me qualificar para repassar conhecimento a elas”, recorda Carmem. “Chegamos num ponto que começamos a pensar em encontrar uma identidade para o coletivo. Foi aí que entrou o ‘Olhares do Campo”, conta a extensionista.

    Ascom – Emater-DF

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