Psicóloga Beatriz Brandão destaca os números do Ministério da Saúde que apontam aumento das casas de transtornos mentais entre jovens. Foto: Pixabay
O Setembro Amarelo, campanha nacional de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, ganha uma nova dimensão este ano após a trágica perda de um aluno de 14 anos do Colégio Bandeirantes, em São Paulo. O estudante, vítima de bullying e homofobia, tirou a própria vida, destacando a urgência de enfrentar esses problemas nas escolas.
A psicóloga Beatriz Brandão afirma que esse caso sublinha a necessidade de políticas eficazes e contínuas contra o bullying. “As instituições precisam ir além de campanhas pontuais. É crucial criar um ambiente de respeito e empatia, promovendo um espaço seguro onde todos os alunos se sintam valorizados”, declara Beatriz.
Ela sugere a implementação de programas de educação socioemocional que envolvam toda a comunidade escolar e fomentem discussões sobre homofobia, discriminação e saúde mental. Além disso, a presença de suporte psicológico nas escolas é fundamental, com profissionais capacitados para ajudar alunos em dificuldades emocionais.
Beatriz também destaca a importância do envolvimento dos pais, incentivando uma comunicação aberta para detectar sinais de sofrimento nos jovens. “Os pais devem estar atentos a mudanças de comportamento que possam indicar problemas como depressão ou ansiedade”, alerta.
Para prevenir tragédias, Beatriz propõe medidas práticas, como a criação de grupos de apoio, sessões de aconselhamento e treinamentos regulares para educadores, visando a identificação e manejo eficaz do bullying. “O combate ao bullying é uma responsabilidade compartilhada entre escola, família e sociedade”, reforça.
Dados do Ministério da Saúde revelam um aumento alarmante de 136% nas internações relacionadas a estresse e ansiedade entre adolescentes e jovens nos últimos dez anos. Esses números ressaltam a necessidade de uma mobilização coletiva para criar ambientes inclusivos e acolhedores.
“O caso do Colégio Bandeirantes não pode ser ignorado. Servindo como um alerta, ele nos lembra da importância de ações concretas para proteger nossos jovens e garantir que eles nunca enfrentem sozinhos o sofrimento emocional e
Que esse Setembro Amarelo, seja um a oportunidade de unir forças para promover a conscientização, a empatia e a inclusão”, conclui.