terça-feira, 26 novembro, 2024
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    Apicultura é alternativa de renda para o agricultor familiar

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    Há cerca de cinco anos, o ex-servidor público Eliseu Sérgio Pires começou a criar abelhas, com o objetivo de colher e comercializar o mel. Com empenho, dedicação e orientação da Emater-DF, ele montou um apiário no núcleo rural Pipiripau (região administrativa de Planaltina), onde conta, hoje, com 80 colmeias que produzem aproximadamente 1,2 mil quilos de mel por ano.

    Segundo Eliseu, as caixas possuem um plantel de quase 3 milhões de abelhas da espécie Appis melífera. “Essa raça é mais rentável, produz uma média 15 quilos de mel por ano”, explica. O apicultor agora se articula para montar, com outros criadores de abelhas, uma associação ou cooperativa para ter mais facilidade de articulação e acesso ao mercado. “Por enquanto, vendo de forma avulsa, mas logo poderemos aumentar a comercialização”, planeja.

    O apiário fica ao ar livre, onde as abelhas têm facilidade de acesso a água e alimentação. “Elas se alimentam basicamente de pólen, que retiram de flores e frutas”, observa Eliseu. No entanto, ele pretende erguer uma estrutura maior para armazenamento de materiais e melhor aproveitamento da produção. “Depois que implantar uma casa de mel, com equipamentos necessários, desejo aumentar para 150 caixas de colmeias, o que permitirá um aumento da produção e da renda”, calcula Eliseu, que produz suas caixas e colmeias no próprio quintal de casa.

    Segundo o extensionista Névio Guimarães, da Emater-DF, Brasília tem poucos criadores de abelha. “Temos um grande potencial de crescimento nessa atividade”, pondera. Além do mel, o inseto oferece outros produtos, como cera, geleia real, própolis, pólen e apitoxina — todos aproveitados pelas indústrias alimentícia, farmacêutica e de cosméticos. Névio ressalta que, com o manejo correto, cada colmeia da Appis melífera pode produzir até 45 quilos de mel por ano, o triplo da média.

    Preservação ambiental — Outra grande vantagem da criação de abelhas é a preservação ambiental. “Onde há colmeias, a polinização de frutas, hortaliças e plantas nativas é maior, pois elas são o principal inseto que realiza essa operação. Isso aumenta a produção de forma natural, com preservação ambiental”, explica Névio, acrescentando que o criador de abelhas costuma tomar muito mais cuidados para evitar queimadas.

    Durante a próxima Agrobrasília, a Emater-DF vai montar, no Espaço de Valorização da Agricultura Familiar (Evaf), um estande dedicado à apicultura. “Lá, apresentaremos inovações tecnológicas que podem ser aplicadas no desenvolvimento da atividade”, explica Névio Guimarães. Cavaletes com pneus, lona plástica, caixa de fundo fixo — para facilitar o manejo —, protetores contra formiga e telas para transporte estão entre os itens que estarão na exposição.

    O agricultor que tiver interesse em iniciar a atividade de apicultura deve procurar um escritório da Emater-DF mais próximo de sua propriedade, onde os técnicos da empresa estão a disposição para repassar todas as informações necessárias. “É importante frisar que criar abelhas envolve alguns cuidados, por isso é necessária a nossa orientação”, encerra Névio.

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    Pimentão em estufa é garantia de alta produtividade

     

    Emater-DF promove visita técnica para apresentar o cultivo protegido a agricultores do projeto Sustentabilidade

    O cultivo de pimentão em estufa é uma técnica que otimiza a produtividade da lavoura. Para apresentar como funciona na prática o cultivo protegido, a Emater-DF promoveu, no dia 03/02, uma visita técnica à chácara do produtor Olivan Lima Peres, no núcleo rural Taquara (região administrativa de Planaltina). Cerca de 40 agricultores atendidos pelo projeto Sustentabilidade participaram do evento.

    Segundo o gerente do escritório da Emater-DF em Taquara, Fabiano Carvalho, a região é o maior polo produtivo de pimentão em estufa do país. “Além de abastecer o mercado local, os agricultores daqui exportam para Goiás, estados da região Norte e, eventualmente, até para São Paulo”, detalhou. Fabiano explicou para os agricultores detalhes sobre adubação, irrigação e comercialização, dentre outros aspectos importantes.

    O projeto Sustentabilidade é um contrato firmado entre a Emater-DF e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que visa orientar produtores familiares especificamente em temáticas como manejo e conservação do solo e da água, produção orgânica, acesso a mercado e tecnologias sustentáveis de produção de alimentos. Os agricultores que participaram da visita eram da região rural de Ceilândia e do núcleo rural Rio Preto (região de Planaltina).

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    Secretários se reúnem para criação do Centro de Tecnologia Social

    Projeto beneficiará a agricultura familiar

     

    A implantação de um Centro de Referência em Agroecologia e Tecnologia Social, que desenvolverá projetos que beneficiem os produtores rurais, foi pauta da reunião, dia 13/02, entre secretários de Estado e presidentes de empresas públicas. O Centro deve funcionar no Centro de Capacitação e Comercialização da Agricultura Familiar, na Ceasa-DF.

    “Frequentemente os órgãos desenvolvem projetos semelhantes de forma independente, o que gera um gasto maior de dinheiro público. Por isso, estamos firmando essa parceria para otimizar a utilização de recursos e os serviços prestados”, ressaltou o secretário Joe Valle.

    Segundo o presidente da Ceasa-DF, José Deval, o local escolhido é estratégico. “O espaço já está construído e equipado e fica dentro da Ceasa-DF, que concentra centenas de agricultores diariamente”, destacou. O secretário de Meio Ambiente, André Lima, acrescentou que a união entre os órgão acelerará a implantação do projeto e o tornará mais completo.

    Diversos projetos que estão em andamento nesses órgãos poderão ser executados pelo futuro Centro. Um dos estudos que está em fase final é o abatedouro móvel de aves, desenvolvido pela Emater-DF e o setor de inspeção sanitária da Secretaria de Agricultura. O abatedouro deve beneficiar cerca de 250 famílias produtoras de galinha caipira.

    “Hoje o valor para abater as aves é alto, o que prejudica a criação em diversas propriedades rurais no DF. O abatedouro móvel vai reduzir o custo de produção, as aves já terão o selo de inspeção, obrigatório para a comercialização, e os rejeitos irão para bacias de decantação instaladas pelo projeto”, explicou o presidente da Emater-DF, Argileu Martins.

    O presidente da Fundação Banco do Brasil, José Caetano Minchillo, colocou o Banco de Tecnologia Social da fundação a disposição dos órgãos e dos agricultores familiares. “Temos editais que se encaixam no perfil das entidades que estão aqui na Ceasa e podem receber esse recurso para aprimorar a sua produção. Vamos aproveitar essa parceria para divulgar esses editais”, afirmou.

    Ainda nessa semana será realizada a segunda reunião do grupo, que deve definir as prioridades a serem abordadas inicialmente pelo Centro de Referência em Agroecologia e Tecnologia Social. Há previsão, ainda, de um seminário sobre o tema em março.

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