Qualquer pessoa está propensa a contrair a frieira, segundo especialistas da clínica Monte Parnaso
A frieira é um dos tipos mais comuns de micose, infecção causada por fungo. Também conhecida como “pé-de-atleta”, é uma infecção que acontece principalmente entre os dedos dos pés, frequentemente provocada pelo fungo Tricophyton. “Apesar de ser mais comum a contaminação de fungos em atletas, pelo uso de sapatos fechados e suor excessivo pela atividade física, as micoses não são uma exclusividade deles”, explica Ana Regina Trávolo, dermatologista e diretora da clínica Monte Parnaso.
São em ambientes quentes e úmidos que este microrganismo prolifera. Portanto, cuidados com a higiene são fundamentais para evitar o surgimento da condição. “Qualquer pessoa, de qualquer idade, está propensa a contrair a frieira”, conta Luciano Morgado, dermatologista e diretor da clínica Monte Parnaso, ressaltando que transmissão de micoses pode se dar tanto diretamente, de pessoa para pessoa, como por meio do contato com locais contaminados, como pisos de banheiro ou vestiários de piscina e praia, por exemplo. “Infelizmente, ter uma infecção anterior por fungos não dá imunidade. Desta forma, ela pode voltar a aparecer”, completa.
De acordo com o especialista, entre os sintomas estão a presença de descamação, fissuras, vermelhidão e secreção esbranquiçada entre os dedos dos pés. Pode também ocorrer mau cheiro, coceira e dor na região das fissuras.
Luciano Morgado aponta algumas formas de prevenir a frieira:
- Secando-se bem entre os dedos dos pés, após o banho ou esportes aquáticos. Não deixar a região muito tempo molhada é importante, pois os fungos gostam de ambiente úmido. Pode-se inclusive usar um secador de cabelos para ajudar nessa função;
- Quando possível, deixar os pés arejados e não usar sapatos fechados por muito tempo no dia;
- Preferir as meias de algodão, pois as sintéticas costumam esquentar mais e deixar os pés mais suados, aumentando o risco de reinfecções pelos fungos. Não repetir também a meia no dia seguinte;
- Pode-se ainda fazer uso de pós ou sprays com efeito antisséptico e antifúngico nas meias e calçados.
O tratamento é feito com pomadas ou medicamentos antifúngicos aplicados topicamente por um período de três a quatro semanas. “Quando a infecção está mais grave, podem ser associados medicamentos antifúngicos por via oral”, elucida a dermatologista Ana Regina Trávolo. “Caso as unhas estejam também com fungos, elas devem ser tratadas da mesma forma, uma vez que “se tornam fonte de fungos que podem se reinstalar na região entre os dedos, além de complicar o tratamento por ser uma área com menos acesso”, completa a dermatologista.
O diretor da clínica Monte Parnaso Luciano Morgado ressalta que mesmo com o desaparecimento dos sintomas, o tratamento deve ser feito até o fim do ciclo, para que as chances de reaparecimento diminuam. “Pessoas com pé diabético precisam estar ainda mais atentas, pois a falta de sensibilidade pode fazer com que não se perceba o problema tão facilmente, e a falta de irrigação nos tecidos faz com que a infecção evolua com mais facilidade”, finaliza.
SERVIÇO: Clínica Dermatológica Monte Parnaso End.: Centro Médico Júlio Adnet SEPS 709/909 Bl. A Clínica 9 1º Subsolo Brasília-DF Tel.: (61) 3263-0833 / 0834 Web: www.monteparnaso.com.br