Professor do CEUB revela preferências da espécie e recomenda atenção na alimentação, higiene e transporte dos felinos
Celebrado em fevereiro, o Mês Internacional do Gato chama atenção para uma das espécies de estimação mais populares do mundo. Segundo levantamento do IBGE, 20 milhões de gatos habitam lares e corações dos brasileiros. Embora sejam conhecidos por sua independência, incluindo visão noturna aguçada, caça e agilidade, os tutores dos “Felis Catus” devem se atentar a cuidados especiais com os companheiros. Confira dicas preciosas para preservar a saúde dos gatinhos, by Bruno Alvarenga, professor de Medicina Veterinária do CEUB
1. Alimentação e hidratação: distribua potes e água pela casa, com pelo menos uma fonte de água circulatória, que são a preferência da espécie. Forneça também alimento húmido. “Os donos devem estimular a ingestão de líquidos pelo felino, além de acrescentar água ao alimento”, indica. Para gatos saudáveis, deixe à disposição ração seca, optando, sempre que possível, por linhas super premium. Vale ainda investir em potes comedouros rasos para evitar amassar as vibrissas (bigodes), que são órgão sensoriais sensíveis.
2. Banheiros: como os gatos são exigentes, o tutor deve ter uma caixa de areia para eliminação de urina e fezes a mais que o número de gatos, com dimensão de uma vez e meia o tamanho do animal. Jamais utilize produtos com cheiro para a caixa sanitária, pois os gatos tendem a ter aversão. Recolha os dejetos e troque semanalmente a areia da caixa. “Polvilhar bicarbonato de sódio no fundo caixa é muito eficiente para reduzir odores. Havendo alteração fecal, é recomendado fazer coleta das fezes para exame e procurar o veterinário”.
3. Higiene: alguns especialistas são contrários ao banho nos gatos, porém Alvarenga considera que, em geral, gatos de pelos curtos podem tomar banho a cada 3 meses e de pelo longo a cada 6 meses com xampu e condicionador adequados e sem cheiro. Sobre a higiene oral, o ideal é escovar diariamente os dentes com creme dental e escova veterinária, caso o hábito seja introduzido na rotina dos gatos desde filhotes. “Qualquer mudança na rotina de um gato adulto pode ser mal recebida e se tornar um motivo para alteração mediada por estresse”, ressalta.
Os pelos também precisam de cuidados especiais, devem ser escovados diariamente ou sempre que possível. A escovação periódica previne doenças dermatológicas e distúrbios gastrointestinais, além de auxiliar na redução dos pelos dispersos pela residência. “Para evitar acidentes, os donos de gatos domiciliares também devem aparar as unhas dos felinos, cortando a cada 14 dias ou uma vez por mês”.
4. Segurança: em busca de uma posse responsável e que preserve o bem-estar destes animais, é contraindicado permitir que estes tenham acesso à rua de forma desassistida. “Para garantir a segurança, moradores de apartamento devem instalar telas nas janelas, evitando também fugas, quedas, brigas e contágio de doenças”.
5. Transporte seguro: é fundamental ter uma caixa de transporte exclusiva para o gato, sendo que ela não pode ser emprestada e que caixas transparentes devem ser evitadas. “Os gatos vivem em um mundo de cheiros e feromônios, entrar em uma caixa com cheiro de outro felino pode ser uma experiência bem desagradável e estressante”, alerta o docente do CEUB.
6. Medicamentos: nada de medicar sem consultar o veterinário. Bruno Alvarenga ressalta que felinos possuem um metabolismo muito diferente dos humanos e dos cães: “Em virtude disto é fundamental consultar um médico veterinário antes de ministrar qualquer medicação em seu gat