As vendas do comércio brasiliense registraram queda de -2,81% em março de 2018 na comparação com fevereiro. Entretanto, as vendas do setor de serviços tiveram alta de 4,13%. É o que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio com o apoio do Sebrae.
O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana (foto ao lado), explica que dentre os 29 segmentos pesquisados, 11 tiveram variação negativa nas vendas, ou seja, 37,93% dos segmentos avaliados tiveram redução de faturamento. “Vale ressaltar que a queda desse indicador no comércio, no mês de março em comparação com fevereiro, é reflexo de um comportamento sazonal nas vendas do varejo, visto que despesas de meses anteriores impactam de forma elevada o orçamento das famílias, refletindo assim no período posterior. Apesar disso, a estimativa para os próximos meses do primeiro semestre sugere crescimento nas vendas e uma gradativa recuperação do setor”, avalia Adelmir. “A expectativa, caso o setor de serviços mantenha o comportamento projetado para os próximos meses, é de continuidade desse crescimento no primeiro semestre de 2018. Algo que pode ser potencializado no segundo semestre, em segmentos específicos, com as promoções ligadas a Copa do Mundo”, completa o presidente.
Os segmentos do comércio que registraram crescimento nas vendas em março de 2018 foram: Farmácia (8,14%); Ótica (7,25%); Cosméticos e Perfumaria (5,57%); Calçados (4,66%); Cama, Mesa e Banho (4,34%); Vestuário e Acessórios (4,33%); Joalheria (3,68%); Material de Construção (2,75%); Minimercados, Mercearias e Armazéns (0,63%); Ferragens e Ferramentas (0,39%) e Auto peças e acessórios (0,06%). Entre os segmentos que registraram queda nas vendas estão: Livraria e Papelaria (-45,20%); Suprimento de Informática (-12,86%); Artigos de Armarinho, Suvenires e Bijuterias (-11,26%); Comércio Varejista de Bebidas (-3,72%); Móveis (-2,75%); e Padaria e Confeitaria (-0,56%).
No setor de serviços, os segmentos que tiveram crescimento nas vendas em março foram: Manutenção e Serviços para TI (13,26%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (11,74%); Cabeleireiros (10,70%); Pet Shop (7,27%); Manutenção de Veículo (7,21%); Capacitação e Treinamento (4,38%) e Sonorização, Fotografias e Iluminação (2,59%). Os segmentos que apresentaram queda em março foram: Promoção de Vendas (-5,14%); Organização de Feiras, Congressos e Festas (-2,76%); Atividade de Contabilidade (-1,85%); Vidraçaria (-0,22%); Atividades de Condicionamento Físico (-0,21%).
Segurança pública
Os empresários do comércio também foram entrevistados, na mesma pesquisa, com relação ao tema “Segurança Pública”, respondendo a pergunta “Você percebe a presença / ação da segurança pública na localidade de seu estabelecimento?”. A maioria respondeu que sim (62,3%), percebe a ação das polícias. Outros 37,7% responderam não, o que ainda é considerado um índice elevado. Vale ressaltar que o segmento automotivo (manutenção de veículos e comércio de autopeças) foi o que menos observou a presença da segurança pública nas proximidades dos seus estabelecimentos, indicando que os furtos podem ser minimizados com uma ação mais efetiva das polícias.
Os empresários também foram questionados sobre o tipo de impacto que a ausência da segurança pública poderia gerar nos estabelecimentos e a maioria indicou perdas financeiras como consequências. Ainda foram questionados sobre a pergunta “Se Sim, avalie a segurança pública oferecida na localidade de seu estabelecimento, atribuindo uma nota de 1 a 10 (onde 1 é muito ruim e 10 é excelente)”. A avaliação ficou com a média de 6,19. Considerando que a nota 6,19 representa pouco mais da metade da escala de valor, pode-se concluir que a segurança é avaliada de forma mediana pelos empresários do comércio.