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8 de janeiro de 2023, a “novela” que nunca acaba

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*Por Luciano Lima

“A novela 8 de Janeiro de 2023” já superou em capítulos grandes obras da dramaturgia brasileira. A novela “Redenção” (1966), da TV Excelsior, era a grande recordista com 596 capítulos, “A Grande Mentira” (1968), da TV Globo, acabou com 341 capítulos, e a histórica “Irmãos Coragem” (1970), terminou com 328 capítulos.

Apesar do enredo não ser uma obra de ficção, a novela “8 de Janeiro de 2023”, que já ultrapassou os 600 capítulos, tem uma peculiaridade por ser interrompida de acordo com a vontade e o humor de seus “diretores”: os Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Outro detalhe curioso é que coincidentemente a novela só vai ao ar quando o Governo Lula, um dos protagonistas da trama, está sob fortes questionamentos ou há algum escândalo envolvendo membros do governo. Rapidamente, a “novela” é colocada no ar para “alegrar” os telespectadores.

“A Novela 8 de janeiro de 2023” voltou a ganhar força depois da eleição de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Há burburinhos nos bastidores sobre uma suposta correria para que a trama tenha um desfecho antes do dia 20 de janeiro de 2025. O que é, ninguém sabe, mas promete fortes emoções para outro importante “ator” da trama: o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, considerado pelos “diretores” da “novela” o principal “vilão”.

Um das preocupações de milhões de telespectadores e de todos os envolvidos na trama é que um dos “diretores”, o ministro Gilmar Mendes, já tinha adiantado, no dia 14 de outubro de 2023, a sua preferência por um dos “atores”. Gilmar disse que Lula só tinha ganho o “papel principal” por causa da ajuda do STF.

As contínuas interrupções da “novela 8 de Janeiro de 2023” e o fatiamento dos episódios já estão deixando os telespectadores de “saco cheio” e desconfiados dos verdadeiros interesses dos “diretores”. Quem são, de fato, os verdadeiros “vilões” e “mocinhos”?

O Brasil não é para amadores. Se não mudar a situação pelo menos altera a sua disposição.

ATENÇÃO: Este texto é uma obra de ficção e qualquer semelhança com a realidade é apenas uma mera coincidência.

*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista

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