Estrela das festas juninas, o prato ajuda a adoçar as tardes de inverno
Junho é o mês da colheita do milho e das festas juninas. O que há em comum entre eles é que não há celebração junina sem receitas à base do ingrediente. Como muitas das tradições brasileiras, a comemoração, com origem em Portugal, nasceu de uma mistura entre tradições pagãs e cristãs.
Já o milho foi descoberto há mais de sete mil anos em ilhas próximas ao litoral mexicano e seu nome significa “sustento da vida”. Segundo o antropólogo e autor do livro Caminhos de açúcar, Raul Lody, este grão é fácil de ser cultivado e consumido e por isso se espalhou rapidamente pelo mundo. “Os índios brasileiros faziam seu plantio e com a chegada dos portugueses surgiram novos pratos com o ingrediente”, conta Lody.
Nas festas juninas, os pratos com milho são as estrelas, como o curau, receita originada da mistura entre um pudim europeu e o mingau. O preparo é similar ao da canjica do Nordeste e a diferença entre os dois é que “o curau não leva manteiga, nem cravo e canela em pau. Pode-se, contudo, polvilhar a canela em pó depois de pronto. Além do que, o prato deve ter a consistência de um mingau”, explica o antropólogo.
Ele ainda ressalta que todos os doces destas comemorações podem e devem ser aproveitados: “Honrar tradições faz parte da construção da memória coletiva”.
Fonte: Burson-Marsteller
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Receita:
Curau de milho
Ingredientes:
– 5 espigas de milho maduro;
– 1 xícara de açúcar;
-1 pitada de sal;
– 800ml de leite;
– Canela em pó.
Modo de preparo:
Descasque e limpe as espigas;
Corte os grãos da espiga com uma faca tendo cuidado para não cortar o sabugo do milho, se não o preparo vai amargar;
Passe em um processador de alimentos o milho juntamente com a metade do leite.
Passe a massa numa peneira fina;
Numa panela, acrescente a massa de milho, o resto do leite, o açúcar e coloque o sal.
Leve para fogo, mexa sem parar até que cozinhe;
Tire do fogão assim que o curau atingir a consistência de mingau.