Dermatologista Alessandro Alarcão explica porque a técnica tem ganhado espaço entre celebridades e influenciadores. Na foto: Monique Alfradique
O médico, que sempre foi contra a harmonização facial, conta que sempre prezou por técnicas de valorização da beleza. “Agora os clientes têm buscado cada vez mais por essa linha de procedimento que não os transformem em outra pessoa, mas que valorize os traços e realce a beleza que já existe. É válido deixar claro o que quer, mas também é preciso ouvir a opinião médica para evitar os excessos”, comenta Alarcão.
As redes sociais, que antes funcionavam como motor para a popularização da harmonização facial, agora também desempenham papel crucial em sua derrocada. Diversos influenciadores e figuras públicas estão optando por um visual mais natural, incentivando uma aceitação maior das imperfeições e singularidades de cada rosto. Isso reflete uma mudança de mentalidade, que parece estar se distanciando da busca por uma beleza esteticamente perfeita para valorizar mais a autenticidade e saúde.
Bons exemplos destes casos são as influenciadoras digitais Virgínia Fonseca, Poliana Rocha, Andressa Suita e Gkay, que estão apostando na naturalização. Essa técnica utiliza a junção de tecnologias com ultrassom microfocado, que vai trabalhar tanto a musculatura com o estímulo de colágeno e lasers para trabalhar a epiderme. Tudo isso proporciona um efeito glow, deixando a pele mais radiante e luminosa.
A harmonização facial, técnica estética que ganhou popularidade nos últimos anos, está passando por um momento de queda em aceitação, especialmente entre celebridades e pessoas influentes nas redes sociais. O procedimento, que consiste em uma série de preenchimentos faciais e intervenções para redefinir contornos e proporções do rosto, prometia uma aparência mais jovem e equilibrada. No entanto, os resultados nem sempre foram como esperado, com pacientes enfrentando efeitos exagerados e até deformações.
O movimento contrário à harmonização facial começou a ganhar força com personalidades influentes, que começaram a remover ou reverter os procedimentos. Essa “desarmonização” surgiu como uma resposta a uma estética cada vez mais padronizada, onde rostos de diferentes pessoas pareciam seguir um molde comum, eliminando características individuais e naturais.
Para além dos resultados estéticos, também é necessário estar atento com as consequências dos exageros nos procedimentos a longo prazo. “O risco de procedimentos mal realizados, que podem levar a complicações como infecções, necrose e irregularidades permanentes na pele, precisa ser levado em consideração. O impacto emocional também tem sido tema de debate, uma vez que a busca incessante pela perfeição estética pode gerar insatisfação crônica e transtornos psicológicos”, alerta o médico.
Serviço:
Dermatologista e cirurgião dermatológico Alessandro Alarcão
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