sexta-feira, 21 fevereiro, 2025
More
    InícioCOLUNASArquitetura & ConstruçãoCozinha com bancada ilha ou península?

    Cozinha com bancada ilha ou península?

    -

    Arquitetos à frente da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura explicam as diferenças, vantagens e como acertar no modelo de acordo com as demandas do projeto

    As ilhas de cozinha podem se tornar desde áreas de preparo até espaços para refeições informais com o uso de banquetas ou cadeiras. Já as penínsulas podem ser adaptadas para incluir áreas de armazenamento ou até mesmo pequenas bancadas para café da manhã | Projeto Meneghisso & Pasquotto Arquitetura | Foto: Divulgação

    Nos últimos anos, ilhas e penínsulas passaram a ser vistas como soluções inteligentes na arquitetura de interiores diante do objetivo de otimizar os espaços, melhorar a circulação e criar áreas multifuncionais. Suas presenças foram impulsionadas pela valorização de plantas abertas e a integração de ambientes, tendências que ganharam força nos projetos contemporâneos.

    A cozinha, outrora um espaço fechado e exclusivamente funcional, transformou-se no coração da casa moderna. “Enquanto as ilhas oferecem um ponto central para preparo de alimentos, armazenamento e refeições, as penínsulas surgem como alternativas versáteis para espaços menores, mantendo a integração visual com outros ambientes. Juntos, elas refletem o cenário de um mundo que valoriza a eficiência sem abrir mão do conforto e do design”, dizem Mariana Meneghisso e Alexandre Pasquotto, sócios à frente da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.

    O conceito em detalhes

    A principal diferença entre os elementos está na disposição no ambiente. Alexandre Pasquotto explica que a ilha de cozinha corresponde a uma bancada completamente solta no espaço, enquanto a península é apoiada em uma parede. “Essa diferença estrutural impacta diretamente na proposta final do projeto”, pontua.

    As ilhas e penínsulas também se destacam como áreas de convívio, especialmente em cozinhas conectadas com salas de estar ou jantar | Projeto Meneghisso & Pasquotto Arquitetura | Foto: Divulgação

    Segundo Mariana, a ilha é ideal para cozinhas amplas onde é possível centralizar funções como preparo de alimentos, armazenamento e até refeições. Por outro lado, a península é recomendada para espaços menores, pois aproveita a parede para ganhar estabilidade e otimizar o uso do ambiente. “Nesse caso ela (a parede) responde como uma extensão da bancada ou uma área de transição entre a cozinha e os demais cômodos”, detalha.

    A definição é feita com base no layout da cozinha, priorizando a ergonomia e a circulação. A dupla de arquitetos ressalta que o estudo do projeto é fundamental para garantir que a opção escolhida atenda às necessidades do morador sem comprometer a fluidez do espaço.

    Pontos positivos e recomendações

    Mariana Meneghisso e Alexandre Pasquotto avaliam que as ilhas oferecem mais liberdade de design, com potencial de se tornarem o ponto focal da cozinha. Ademais, o elemento permite a inclusão de diversos equipamentos como pias, cooktops, fornos e áreas de armazenamento, além de servir como espaço para refeições informais quando combinadas com banquetas ou cadeiras. “Por isso, são indicadas para cozinhas grandes ou integradas com salas de jantar e living”, orientam. As penínsulas são recomendadas para plantas compactas onde a praticidade e a otimização do espaço são prioridades.

    Materiais eco-friendly, como madeiras de reflorestamento, quartzos com certificação ambiental e porcelanatos reciclados, estão sendo cada vez mais utilizados para reforçar a questão ambiental | Projeto 3D da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura | Foto: Divulgação

    E na hora de projetar?

    Os arquitetos alertam sobre alguns erros comuns no planejamento das cozinhas – caso da circulação. Para evitar desconfortos, Mariana e Alexandre adotam o chamado ‘triângulo de trabalho’, que consiste na disposição estratégica da geladeira, pia e fogão, garantindo que o fluxo de atividades na cozinha seja fluido e eficiente.

    Uma tendência que vem ganhando espaço é o uso de estruturas metálicas para sustentar ilhas e penínsulas, em vez da tradicional alvenaria. Essa solução não só reduz custos e tempo de execução, mas também permite maior flexibilidade no design e na racionalização do espaço | Projeto Meneghisso & Pasquotto Arquitetura | Foto: Divulgação

    Outro ponto importante é o dimensionamento e, embora não haja medidas mínimas ou máximas definidas, é preciso garantir que a ilha ou península tenha espaço suficiente para o conforto e praticidade. “Uma bancada muito pequena pode limitar as atividades, enquanto uma muito grande pode comprometer a circulação e a ergonomia do ambiente”, ressalta o arquiteto Alexandre.

    A escolha dos materiais também exige atenção e os tampos devem ser escolhidos com base na durabilidade, resistência ao calor, umidade e facilidade de limpeza, além da estética.

    “Tampos de mármore e granito são clássicos e oferecem um visual sofisticado, mas podem ser suscetíveis às manchas e batidas. Já as superfícies ultracompactas, como quartzos e porcelanatos, se evidenciam pela resistência e versatilidade”, destaca Mariana.

    Ademais desses clássicos, a arquiteta também sugere outros materiais:

    Quartzito: combina a estética do mármore com a resistência do granito, sendo uma opção durável e de baixa manutenção.
    Dekton: ultra resistente a riscos, manchas e altas temperaturas, ideal para cozinhas de alto desempenho.
    Corian: superfície sólida e moldável, permite bancadas sem emendas aparentes, mas são sensíveis a calor e riscos.
    Madeira Maciça: charmosa e aconchegante, mas requer impermeabilização e manutenção constante.
    Aço Inox: Muito usado em cozinhas profissionais, é resistente, higiênico e fácil de limpar.

     

    Sobre a Meneghisso & Pasquotto Arquitetura

    Com referências importantes na viabilidade executiva do projeto, somado a formação afinada em forma e estética, a dupla de arquitetos se completa na criação e concepção dos trabalhos. O escritório atua em projetos residenciais, comerciais e corporativos. Tendo como premissa produzir soluções, através de projetos autorais funcionais, atemporais, nos diversos vieses estéticos e de estilo, que traduzam boa arquitetura e a personalidade do cliente.

    Mariana Meneghisso

    Arquiteta Urbanista pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Design de Interiores pela Escola Panamericana de Artes. Pós Graduada em Responsabilidade Civil pela Fecaf, Pós Graduada em Neuroarquitetura pela Ipog, Especialista em Perceptual Design pelo Instituto Politécnico de Milão. Membro da Academy of Neuroscience for Architecture Brasil. Sócia titular da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura desde 2005.

    Alexandre Pasquotto

    Arquiteto Urbanista pela Universidade Bandeirantes de São Paulo, Técnico em Edificações pela E.T.E. Júlio de Mesquita, Pós Graduando em Cálculo Estrutural pela Ipog, atua na construção civil residencial, industrial e corporativa desde 1992, consultor em dimensionamento, viabilidade e custos no ramo civil. Sócio titular desde 2004 da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.

    @meneghisso_pasquotto_arq

    Telefone: (11) 4551-7809 | 11 99272-8924

    E-mail: contato@pasquottoarquitetura.com.br

    Site: https://www.pasquottoarquitetura.com.br/

     

     

     

    Notícias Relacionadas

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    -Publicidade -spot_imgspot_img
    -Publicidade -spot_imgspot_img
    -Publicidade -spot_img

    Últimas notícias