A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – aumentou, de novo, passando de 4,1% para 4,12% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (5), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, assim, o CMN não precisa mais definir uma meta de inflação a cada ano. Em junho deste ano, o colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%.
Em junho, influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, a inflação do país foi 0,21%, após ter registrado 0,46% em maio. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 12 meses, o IPCA acumula 4,23%. A inflação de julho será divulgada na sexta-feira (9).
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante de um ambiente adverso e do aumento das incertezas econômicas, na semana passada, o BC decidiu pela manutenção da Selic.
A Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, durante o governo de Jair Bolsonaro, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. O índice ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.