A explicação para o desenvolvimento do estrabismo está relacionada a várias causas, entre elas: baixa visão em um dos olhos, doenças neurológicas (AVC, paralisia cerebral, traumas), genéticas (síndrome de Down), oculares (catarata congênita), infecciosas (meningite, encefalite), da diabetes, tireóide e hereditário.
O diagnóstico é distúrbio que afeta diretamente os dois olhos, através de um paralelismo, apontando os olhos para direções diferentes. Classificam por três tipos: convergente (esotropia), quando um ou ambos os olhos se movem para dentro, na direção do nariz, divergente (exotropia) quando um ou os dois olhos se deslocam para fora e em vertical, hipertropia é quando o deslocamento ocorre para cima ou para baixo.
A médica oftalmologista Dorotéia Matsuura observa que os desvios oculares podem ocorrer em apenas um olho, ou em ambos. Podendo ainda surgir em ocasiões ou latentes, também chamados de forias, quando se nota o estrabismo em certas ocasiões, por exemplo em fotografias. “Nos bebês, até os três meses idade, a falta do controle do movimento dos olhos não é diagnóstico de estrabismo”, acrescenta. Os adultos se queixam de dores de cabeça e o torcicolo, isso se dá pela inclinação da cabeça que a pessoa estrábica faz para ter uma melhor visão.
Em consulta com o especialista de oftalmologia é realizado o teste do reflexo para avaliar se o foco de luz está centralizado nas duas pupilas. Exames como os de acuidade visual (teste padrão de listas), de fundo de olho, de oclusão e movimento ocular e para avaliar o tamanho do desvio são fundamentais para confirmar o diagnóstico. “Observa-se também se o aparente desvio dos olhos não é caracterizado por pseudoestrabismo ou falso estrabismo, comum por alteração anatômica”, alerta a Dra. Dorotéria.
Ao identificar a causa do estrabismo, se faz necessário do tratamento mais indicado. Métodos terapêuticos são eficazes para corrigir os problemas visuais e podem ser através do uso de colírios, utilização de óculos, além de exercícios ortópticos para o fortalecimento dos músculos. “A cirurgia só é indicada quando o desvio se mantém depois de corrigido o distúrbio que comprometa a visão. O tamanho do desvio é que irá determinar se o procedimento será feito em um ou nos dois olhos”, finaliza Matsuura, esclarecendo que a aplicação de toxina botulínica pode ser uma alternativa para a correção dos desvios.
Corpo Clínico
DOROTEIA MATSUURA
Oftalmologista responsável pelo departamento de Visão Subnormal e Reabilitação Visual da Auge Oftalmologia. Cirurgias de Pterígio e Tumores da Superfície Ocular. Formada pela Universidade Federal do Paraná. Residência Médica em Oftalmologia, Subespecialidade em Estrabismo na Faculdade de Medicina USP Ribeirão Preto. Titulo de Especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Associação Médica Brasileira. Membro da Sociedade Brasileira de Visão Subnormal.
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