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‘Fazer o Bem Tá na Moda’

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Lançada campanha que oferece oportunidade para mulheres saírem da vulnerabilidade social. Foto: Allan Rodrigues

Iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF motiva mulheres com estabilidade financeira a transformarem, por meio de doações, as vidas de outras mulheres em situação de vulnerabilidade social.

A advogada Talita Freire, 41 anos, passou algumas horas desta semana separando roupas suas e de seus filhos, além de muitos brinquedos, para serem doados. Esse comportamento que ela tem todo fim de ano, teve um significado, desta vez, muito especial. “Eu fiz a seleção com mais cuidado e muito carinho, porque mesmo não conhecendo a mulher que vai receber esses produtos, eu já sinto que tenho um vínculo com ela. Inclusive, escrevi um bilhetinho desejando que ela consiga atingir um propósito, não só financeiro, mas, principalmente, para que ela consiga se conhecer como um ser produtivo”, disse.

Talita é uma das mulheres participantes da campanha “Fazer o Bem Tá na Moda”, da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), lançada nesta semana na loja Basic Collection, na QI 11 do Lago Sul. A iniciativa propõe um ciclo de solidariedade e prosperidade, onde 200 mulheres do DF, que já possuem independência financeira, são convidadas a montar, cada uma, uma bolsa com produtos em bom estado, que, normalmente, elas se desapegam nesta época do ano, como roupas, sapatos, acessórios, joias e bijuterias.

Cada uma dessas sacolas, que foram confeccionadas por reeducandas da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), será doada a outra mulher que terá a oportunidade de comercializar estes produtos. A seleção das 200 beneficiadas será feita pelo Grupo Cirandinha e Instituto Proeza, entidades parceiras da Sejus, que trabalham com público feminino em situação de vulnerabilidade social e ações voltadas ao empreendedorismo.

O evento reuniu centenas de colaboradoras motivadas a transformar a vida de outras mulheres. “Quando a causa é boa, ninguém quer ficar de fora. E é isso que este evento representa: solidariedade e espírito de prosperidade para outras mulheres. Normalmente, a gente desapega dos nossos itens doando para um bazar, uma instituição, mas aqui a gente está promovendo o empreendedorismo feminino para essas mulheres que, às vezes, estão em situação de violência, mas todas estão em vulnerabilidade social querendo só uma oportunidade”, comemorou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

A proposta empreendedora do “Fazer o Bem Tá na Moda” foi o que mobilizou Tânia Mara Machado, proprietária e diretora da marca brasiliense Basic Colection, a entrar de cabeça na campanha. Além de ceder o espaço para o evento, a empresária anunciou que vai doar trinta bolsas com roupas novas da sua loja. “Roupas zeradas, com etiqueta, para fortalecer esta iniciativa. Quando fui convidada a participar, fiquei encantada, porque não é só doar, é ensinar a empreender. Isso é solidariedade, boa vontade e conscientização com o intuito de transformar vidas”, disse.

As participantes terão uma semana para devolver as bolsas com os produtos selecionados. Na outra ponta, a campanha vai envolver 100 mulheres das regiões do Recanto das Emas e do Riacho Fundo II que serão selecionadas pelo Instituto Proeza. Ao invés de venderem os itens das bolsas individualmente, as mulheres do instituto decidiram se unir e realizar um bazar coletivo: o “Brechó Entrelaçando Vidas”. Já o Grupo Cirandinha vai escolher 100 mulheres de Santa Maria que não podem trabalhar, porque são mães ou parentes de pessoas com deficiência. Neste caso, por poderem se ausentar de casa, cada uma, receberá a sua bolsa e buscará a melhor forma de utilizar os produtos que lá estiverem.

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