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Índice-base da construção civil dispara

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Entenda o motivo dessa alta e o que pode ser feito para amenizar as consequências de quem comprou imóvel na planta

No mês de outubro, quando saiu o último Índice Nacional da Construção Civil (INCC), fomos surpreendidos por uma alta fora do comum, acima de 1,7%, sendo que o normal é ficar entre 0,14 e 0,49%.

Está fora do padrão?  Sim, e precisamos entender como isso pode impactar na vida das pessoas que compraram imóvel na planta.

Culpa de quem? Provavelmente, da pandemia e das baixas taxas de juros.

Explico, mas vamos por partes.

Bom, o resultado no INCC é basicamente reflexo de como o mercado da construção civil está se comportando. Por exemplo, se o aço – utilizado sob a forma de vergalhões, brocas e colunas – aumenta, consequentemente o INCC também.

Um dos fatores que elevaram os preços foi a taxa cambial, pois produtos como minério de ferro – base para vários insumos da construção civil-, é cotado na moeda americana e com o atual preço dólar, o valor do produto aumenta.

No começo da pandemia, as grandes fábricas, com receio das consequências do vírus, desaceleraram de maneira significativa o ritmo de produção. Os empresários não sabiam se as obras da construção civil iriam parar e por quanto tempo, por isso a decisão.

Mas as obras não pararam. Incorporadoras e construtoras continuaram a respeitar o cronograma de execução das obras, visto que as consequências levariam a prejuízos incalculáveis. Os clientes continuaram a consumir imóveis de tipagens diferentes – coberturas, apartamentos maiores -, e a queda nas bolsas fez com que as pessoas retirassem imediatamente valores aplicados para fazer, inclusive, aportes maiores em imóveis na planta ou mesmo novos. Ademais, a queda na taxa básica de juros diminuiu a rentabilidade dos investimentos, muito aquém da inflação, favorecendo o redirecionamento de recursos para o mercado imobiliário. Em suma, os investidores mudaram um pouco o foco.

Dentre as consequências de todo esse cenário, foi a recente notícia de falta de produtos básicos na construção civil como cimento, aço, PVC, materiais elétricos. Com essa falta, os insumos que estão disponíveis no mercado estão com preços bastante elevados e a Lei da Oferta e Procura volta a ser o “bicho de 7 cabeças” na vida dos brasileiros.

Bom, para as pessoas que adquiriram um imóvel na planta, o ideal é aportar mais no imóvel e diminuir cada vez mais o saldo devedor de seu financiamento, pois a previsão de estabilização do INCC deverá acontecer em meados de 2021.

 

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