O número de famílias endividadas no Distrito Federal passou de 582.843 em dezembro para 593.448 em janeiro (aumento de 10,6 mil). O percentual de famílias com algum tipo de dívida na capital do País foi de 80,1%, índice maior do que o registrado em dezembro de 2015 (78,7%). É o que mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF). O estudo mostra, no entanto, que o universo das famílias que não terão condições de pagar suas dívidas passou de 2.699 para 1.909.
Na avaliação do presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, os brasilienses não estão conseguindo ajustar as contas, mesmo com a injeção do 13º salário no final do ano. “Em meio ao aumento generalizado da inflação, das taxas de juros e dos preços dos produtos, o brasiliense está perdido nas contas. A preocupação agora é com os impostos do início do ano, pois também tiveram os valores reajustados”, explica Adelmir.
Em janeiro de 2016, assim como em meses anteriores, o grande instrumento gerador de dívida continuou sendo o cartão de crédito. Do total dos endividados, 88,3% se declararam comprometidos nessa modalidade. Dentre as famílias com contas em atraso, 50,2% disseram ter condições de quitar suas dívidas totalmente e 45,1% afirmaram ter condições de quitar o montante parcialmente. Do universo de endividados, apenas 1,7% dos brasilienses disseram não ter condições de quitar as contas e 3% não sabem dizer se conseguem ou não quitar o montante.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) foi realizada com uma amostra de 600 famílias. O estudo serve para orientar os empresários dos setores de comércio, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica para o incremento das vendas, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.