A movimentação do mercado imobiliário tanto para compra como para aluguel tem aquecido a capital
Na virada deste ano, fomos surpreendidos com resultados de pesquisas e notícias de boas expectativas para a retomada do mercado imobiliário. O mercado começa a reaquecer em São Paulo e respinga em outros estados, como o Distrito Federal.
De fato, são grandes as expectativas para a melhoria no segmento. As construtoras já começam a se movimentar e a tirar do papel projetos que estavam parados há alguns anos, quando a crise bateu à porta dos moradores do Distrito Federal.
Para se ter noção real da carência de imóveis na capital, uma construtora vinha anunciando o lançamento de um empreendimento de alto padrão em Águas Claras. O valor do metro quadrado anunciado superava R$ 7,2 mil. No primeiro dia do lançamento, pouco mais de 70 unidades foram vendidas. O mais impressionante, é que o empreendimento estava na planta e as unidades variam entre 3 e 4 quartos, com metragens que ultrapassam os 129m².
Foi realmente surpreendente e foi um termômetro para que grandes e médias construtoras pudessem sentir como anda o mercado. Aproveitar uma boa oportunidade e investir em imóveis na capital é sempre algo a ser estudado, não somente residenciais, mas também comerciais.
Sob a perspectiva de investimento, pode-se ter um excelente imóvel no Noroeste de 2 quartos, sem nada, alugado por R$ 3,5 mil para comissionados, funcionários públicos, médicos recém-chegados ou mesmo para aqueles que optam pela mobilidade que o aluguel traz.
Outro dia, em conversa informal, uma moradora de imóvel de 1 quarto em Águas Claras, confidenciou-me pagar pouco mais de R$ 1,3 mil reais de aluguel, justificando ser um bom valor, já que era moradora antiga e o locatário não ajustou muito. Isso, fora condomínio. Ela me disse que tinha vontade de ter o próprio imóvel, mas que não dispunha de dinheiro. Sem perguntar a renda dela, expliquei que era possível que ela comprasse um imóvel, em uma localização um pouco mais distante, mas que não prejudicasse o trabalho dela (ela não usava metrô para trabalhar). Foi quando ela rebateu, junto com o porteiro, que era melhor morar de aluguel do que morar longe do centro.
De fato, são necessidades distintas e há que se levar em consideração os aspectos pessoais e perspectivas de cada um.
Tudo isso demonstra a recuperação do mercado imobiliário, seja por meio de investidores que querem ter boa rentabilidade em imóveis alugados, seja por compradores que querem ter o seu próprio imóvel.