InícioCOLUNASSaúdeXenobióticos: entenda como a substância pode estar ligada ao surgimento de câncer 

Xenobióticos: entenda como a substância pode estar ligada ao surgimento de câncer 

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No mês de conscientização contra o câncer colorretal, oncologista e nutricionista alertam sobre os cuidados com alimentos processados para evitar o surgimento da doença 

Mais conhecido como Março Marinho, esse é o mês de conscientização e prevenção contra o câncer colorretal. O movimento que faz parte de uma ação global, mostra à população como esse tipo de câncer que afeta o cólon e reto está entre o terceiro tipo de câncer mais frequente no Brasil, como mostra dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Thaís Muniz, especialista em nutrição oncológica, conta que muitas variações de câncer poderiam ser evitadas por meio da alimentação saudável, já que é possível estabelecer a manutenção de um sistema imunológico equilibrado, bem como prevenir muitas outras doenças por meio de hábitos saudáveis.  A profissional explica que o estilo de alimentação saudável deveria começar desde a formação do indivíduo, ou seja, desde a gestação. “Nos dois primeiros anos de vida do indivíduo, a introdução de alimentos saudáveis é crucial para a prevenção de doenças no futuro”, diz Thaís.

Atualmente, uma das maiores preocupações entre os profissionais de área de saúde quanto ao surgimento de câncer, está atrelada ao consumo excessivo de substâncias xenobióticas. Isso porque de acordo com estimativa do Instituto Nacional De Câncer (INCA), neste ano de 2019, serão cerca de 1,2 milhão de novas casos da doença no Brasil.

Mas o que são alimentos xenobióticos? A médica oncologista Ludmila Thommen explica que são todas as substâncias estranhas ao nosso organismo, capazes de alterar o mecanismo funcional do sistema neuroendócrino e também a toxicidade genética. “Essas substâncias se dissolvem em gordura e formam depósitos tóxicos que podem aumentar a inflamação do corpo, alterar funções endócrinas e liberar radicais livres. Essas substanciais são representadas pelos agrotóxicos, pesticidas, plásticos, metais pesados, e muitos outros”, conta.

Fora isso, segundo Tháis, alimentos muitos processados também são considerado xenobióticos, como por exemplo, carboidratos simples como as farinhas brancas, o açúcar refinado, os enlatados, as frituras em geral, as margarinas, entre outros. Ela diz que o corpo humano possui mecanismos naturais que eliminam parte dessas substâncias, atenuando os danos que a retenção de xenobióticos pode causar, como lesões celulares decorrentes da produção de radicais livres. Entretanto, a capacidade de eliminação dessas substancias são menos eficientes no organismo de crianças e idosos, deixando essas pessoas mais vulneráveis à ação dos xenobióticos.

“Essas substâncias são altamente estranhas ao nosso organismo.  Nossa alimentação deve ser o mais natural possível, justamente para não sobrecarregar o nosso organismo o tempo todo com a desintoxicação natural desses alimentos. As pessoas devem dar preferência aos alimentos pouco processados e imaturos, como chia, aveia em flocos, abacaxi”, alerta a nutricionista.

De acordo com a oncologista Ludmila, os xenobióticos estão relacionados à incidência de muitas outras doenças, como obesidade, endometriose, menopausa precoce e infertilidade. Mas felizmente, é possível eliminar a substância do organismo com um bom funcionamento dos rins, intestino, urina, fígado e desintoxicação. Outra forma eficaz de prevenir a série de doenças que os xenobióticos podem causar, é desenvolver hábitos saudáveis que inclua alimentação balanceada, rica em fibras, vegetais, frutas, uma boa hidratação e atividade física, como aponta a oncologista.

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